O Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (DNIT) definiu o plano para recuperar a BR-470, no trecho onde uma nova cratera se abriu em Rio do Sul na manhã de sexta-feira (16). De acordo com o órgão, será usada a mesma técnica implementada no primeiro buraco: o reaterro com rocha. O departamento argumenta que a área onde esse serviço já havia sido feito na semana passada permaneceu praticamente intacta apesar do deslizamento de terra ao lado.
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Desta vez, porém, o DNIT diz que o trabalho será ainda mais complexo e vai exigir uma série de estudos sobre as condições do solo no local, bem como a remoção da parte argilosa, que é mais mole. Será refeita ainda a drenagem da água que desce de um morro próximo. A medida é para impedir que ela penetre na base da rodovia. Só então as rochas serão colocadas, mas em um ritmo mais lento do que havia sido feito quando o primeiro buraco surgiu, na madrugada de quarta-feira (14).
A explicação do órgão é que quando o problema apareceu no Km 143, houve uma força-tarefa com o objetivo de reabrir a BR-470 o mais rápido possível porque os serviços eram considerados mais “fáceis”. Agora, entretanto, vai exigir outras obras e laudos técnicos. Isso explicaria porque nesta segunda-feira (19) poucos profissionais trabalhavam no local. Além disso, a primeira cratera tinha cerca de 30 metros de comprimento e a atual tem aproximadamente 50. A profundidade supera os 10 metros.
A previsão, que antes era liberar a passagens de veículos até terça-feira (20), passou para 20 dias.
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A primeira cratera
Por volta das 5h da última quarta-feira (14), uma cratera se abriu na BR-470, na altura do Km 143. Esse trecho fica em Rio do Sul, principal cidade do Alto Vale do Itajaí. O problema teria sido ocasionado pela chuva que caiu na região durante a madrugada. Um carro chegou a ser “engolido”. Havia um casal dentro, mas as vítimas conseguiram sair do automóvel e não sofreram ferimentos graves.
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) e o DNIT sinalizaram a área e começaram a desviar o fluxo de veículos por dentro do município. Naquele dia, durante a tarde, com a publicação de um decreto, a prefeitura proibiu caminhões pesados na área urbana, pois o calçamento poderia não suportar. A alternativa então virou a BR-282, gerando um acréscimo de 130 quilômetros no percurso e três horas a mais de viagem.
Na sexta-feira (16), um novo deslizamento aconteceu na rodovia. A pista cedeu inteira e todo o material colocado no local foi levado para dentro do Rio Itajaí-Açu.
Rotas alternativas
- No sentido Oeste para o Blumenau, entrada trevo de Laurentino, no sentido bairro Barra do Trombudo, em Rio do Sul. Não recomendado para veículos pesados. Para o sentido Blumenau/Oeste, uso no sentido contrário.
- Entrada no trevo de Laurentino, no sentido Laurentino, passando pela Serra Tomio em direção a Rio do Sul, saindo nas imediações do trevo do Fundo Canoas/Progresso. Não recomendada para veículos pesados.
- Trânsito de caminhões pesados devem dar preferência por utilizar a BR-282.
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