De antemão, a população da Terra está crescendo, e com isso um debate que preocupa alguns vem ganhando espaço. Já que com o aumento de pessoas no planeta, a possibilidade de que falte recursos naturais para todos começa a ser considerada por especialistas. Mas qual o limite de pessoas que o nosso planeta suporta?
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Especialistas já estão fazendo os cálculos para traçar um ponto onde o básico para a sobrevivência humana estará em falta. Saiba tudo sobre os dados nesta reportagem
Crescimento populacional nos últimos anos
Antes de ir diretamente para a resposta, precisamos ter a dimensão de como a Terra cresceu de população rapidamente A saber, segundo o Instituto Humanitas da faculdade Unisinos, a marca de 1 bilhão de habitantes foi atingida no início do Século XIX, por volta de 1800. Já o marco de 2 bilhões de habitantes foi atingido apenas em 1927.
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Desde então, a velocidade de crescimento tem sido exponencial. 3 bilhões nos anos 60, 4 bilhões em 1974, 5 bilhões em 1987, 6 bilhões em 1999, 7 bilhões em 2011 e 8 bilhões em 2023.
Então, é possível dizer que a população dobrou em menos de 50 anos e quadruplicou em menos de um século. Além disso, a Organização das Nações Unidas (ONU) tem uma estimativa de que a Terra chegará a 9 bilhões de pessoas em 2035. No entanto, outros estudos de revistas respeitadas como a Lancet indicam que a curva populacional atingirá seu pico no ano de 2060, e depois começará a se reduzir.
Assim, chegando ao ano de 2100 com 8,8 bilhões de habitantes.
Qual o limite populacional que a Terra suporta?
Primeiramente, a questão central que permeia o limite populacional da Terra é o padrão de consumo que temos atualmente na sociedade. De acordo com o professor da UFRGS Luiz Fernando Mazzini, em entrevista ao portal GZH, o desenvolvimento econômico de um país é o que dita o quanto de recurso natural o país utiliza.
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“Com o padrão norte-americano, o número máximo de pessoas que a Terra seria capaz de suportar seria de 1,3 bilhão; e com o padrão haitiano seria de 23,8 bilhões” explicou o docente. Entretanto, Mazzini destaca que apesar do modelo haitiano suportar mais pessoas na Terra que o norte-americano, ele está bem longe de ser o ideal, já que a população do Haiti sofre com a notória falta de recursos básicos.
De acordo com o Banco Mundial, quase 60% dos 10,5 milhões de habitantes do país vivem abaixo da linha da pobreza (recebendo cerca de U$ 2,44 por dia) e 24% na extrema pobreza (ganhando U$ 1,24 diariamente). “Podemos manter o pensamento que no padrão haitiano, ainda atual, do ponto de vista humanitário, não é desejável para ninguém. Já o padrão norte-americano é inviável”, confirma.