Intensas auroras boreais no Hemisfério Norte, falhas no funcionamento das redes de energia no estado de Nova York e nos sistemas de comunicação via satélite são algumas das consequências que uma nova tempestade solar deve causar, conforme comunicado da Administração Nacional Oceânica e Atmosférica dos Estados Unidos (NOAA, na sigla em inglês). O alerta, classificado como “moderado” ou G2, é para a próxima quarta-feira (24), segundo informações do g1.

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Tempestades geomagnéticas

Tempestades geomagnéticas, como são chamadas, são avaliadas pela NOAA em uma escala que vai da classe mais baixa (G1) à classe mais extrema (G5). No mês de maio, um alerta de classificação G4 previu a maior tempestade dos últimos 20 anos, que causou auroras boreais incomuns no Hemisfério Norte, além de raras auroras austrais no Hemisfério Sul.

A tempestade solar desta vez, que deve afetar até o estado de Nova York, é formada por ejeções de massa coronal liberadas no último dia 21 de julho.

As ejeções são classificadas como erupções de plasma e campos magnéticos provenientes da coroa solar, que é a camada mais externa do sol. As auroras boreais, que acontecem no Hemisfério Norte, são uma das consequências deste fenômeno. Já no Hemisfério Sul, são as chamadas auroras astrais.

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— A aurora pode se tornar visível em alguns estados do norte e do meio-oeste superior dos Estados Unidos, de Nova York a Idaho — alertou a Noaa.

Fenômeno óptico observado no planeta Terra, a aurora boreal causa cores incomuns no horizonte. Ela acontece quando partículas carregadas de luz e energia são empurradas para a Terra em uma erupção solar. É aí que as partículas interagem com a atmosfera e geram as luzes de cores verdes e vermelhas.

Quais os riscos?

Os fenômenos das tempestades geomagnéticas podem impactar o planeta de forma significativa. Os cientistas responsáveis por estudar os fenômenos se preocupam com o efeito sobre as comunicações e os sistemas de navegação da terra.

A preocupação é porque os eventos interferem nas propagação dos sinais de rádio, além de afetar a precisão do GPS.

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A Nasa, que é a principal agência espacial norte-americana, informou que, durante os eventos, os sistemas de detecção militar e o controle de tráfego também podem sofrer alterações, o que representa risco para a segurança.

Os campos magnéticos que são associados às tempestades induzem correntes nos “condutores longos”, que tem como exemplo as linhas de transmissão de energia elétrica. Isso pode provocar apagões e oferecer riscos para astronautas e outros satélites em órbita.

Em 2003, por exemplo, no mês de outubro, tempestades geomagnéticas consideradas “extremas” causaram apagões na Suécia e prejudicaram os transformadores de energia na África do Sul. Já no ano de 2015, outra explosão solar deixou fora do ar radares de aeroporto em um país europeu, por alguns instantes.

Veja fotos da aurora astral de maio

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*Sob supervisão de Luana Amorim

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