É muito comum em situações de estresse nos times da Capital afirmar que “o clássico é o limite” para definir situações de mudança no comando técnico.

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Quando a gangorra atinge uma posição limite, então, o clássico da dupla passa a ser encarado como tábua de salvação, pontua a grande chance de virada astral para aquele que não se encontra bem.

Temos um Figueirense altamente pressionado não só pelo desempenho percentual historicamente ruim de seu treinador, Marquinhos Santos. O Figueira ferve nos bastidores principalmente porque o time não desenvolve um padrão tático mínimo e não apresenta um viés de que as coisas possam melhorar.

Mais: o rival Avaí, para turbinar a ansiedade da torcida, está no topo, com a faca e o queijo na mão para garantir o turno e uma vaga na final. A galera alvinegra vai à loucura.

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Sabemos, contudo, que profissionais do futebol e, nós, da mídia, não podemos analisar com a paixão, é necessário frieza para avaliar todos os pontos. Percebo no Figueira uma nobre busca de estabilidade no quesito departamento de futebol. Por este motivo, valorizo a insistência do presidente Wilfredo Brillinger em manter Marquinhos.

O clube trabalha com a ideia de que a longo prazo o trabalho vá frutificar o trabalho do treinador, demonstra confiança em seu profissional e em suas contratações. Parabéns pela postura.

Mas sugiro um coaching com Marquinhos, para aparar arestas que, publicamente, ficam indefensáveis. As entrevistas pós-jogo são preocupantes. Contra o Brusque, o treinador defendeu ter jogado com um esquema, quando em campo vimos outro. Já após o pesadíssimo 4 a 2 diante do Barroso, falou em time “desatento”, constatando a situação e não dizendo como faria para mudar este quadro.

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Enfim, por todo o exposto, sabemos que a situação é crítica de Marquinhos. A dúvida que me assalta é outra: quanta gasolina ainda tem o carro que conduz o treinador pela estrada do Catarinense? Será que o tanque dá para passar do clássico de domingo, no Scarpelli, diante do Criciúma?

Se não vierem os três pontos, há combustível para ir à distante Chapecó para o clássico diante da Chapecoense?

E, em caso de um tropeço, a reserva do carro teria quilometragem suficiente para chegar ao clássico diante do Avaí? Aquele que, no início desta crônica, lembrei ser um elixir milagroso para curar desesperados ou afundar de vez um trabalho?

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Como sou avesso a muitas perguntas sem respostas, arrisco: sem vitória diante do Tigre, o famoso atalho da troca de técnicos me parece inevitável!

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