No último dia 14 de agosto, a Organização Mundial da Saúde (OMS) decretou que a Mpox, doença viral também conhecida como varíola de macaco, virou uma emergência global. De acordo com a Organização, só neste ano já houve 524 mortes pela doença no mundo. Atualmente, há três vacinas contra a Mpox. Continue a leitura conferir quais são e como elas funcionam no organismo.

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A demanda por uma cobertuda vacinal contra a Mpox aumentou após a OMS decretar situação de emergência. No Brasil, o Ministério da Saúde já instalou um Comitê de Emergência para monitorar o vírus no país. Além disso, no último dia 15, o governo revelou que está negociando a compra de 25 mil vacinas contra a Mpox.

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Quais são as vacinas contra a Mpox disponíveis?

Atualmente, as autoridades de saúde ao redor do mundo estão trabalhando com a possibilidade da aplicação de três vacinas específicas para o vírus da Mpox: Dryvac, ACAM 2000 e Jynneos. Vamos explicar como funciona cada uma.

Dryvax

Primeiramente, segundo o Centro de Controle de Doença dos Estados Unidos (CDC), a Dryvax é uma vacina para a varíola fabricada na década de 1970 pela Wyeth Laboratory. Entretanto, com a erradicação da doença na década de 1980, sua produção havia sido paralisada.

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Com o surto de Mpox gerando preocupação, ela tende a vacina tende a ser produzida novamente para proteger a população. De modo geral, a Dryvax é um imunizante ativo que faz o corpo criar anticorpos contra o vírus.

ACAM2000

A ACAM2000 é uma vacina que também chegou a ser usada para a varíola e agora está na lista de imunizantes contra a Mpox. Ao contrário da Dryvax, a ACAM2000 tem uma variante atenuada do vírus Vaccinia, próximo da varíola e da Mpox que não causa a doença e nem transmite para ninguém, mas estimula o sistema imunológico a se defender melhor quando em contato com o vírus real.

Jynneos 

Por fim, a Jynneos é justamente a vacina que o Ministério da Saúde está negociando nesse momento com a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) para ação contra a Mpox, almejando ter 25 mil doses no estoque. Produzida principalmente por um laboratório nórdico, seu funcionamento é bem parecido com a ACAM2000. Segundo o CDC, a vacina também tem o vírus Vaccinia atenuado, estimulando a produção de anticorpos.

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Entretanto, o órgão destaca que alguns efeitos colaterais leves são possíveis, como dor de cabeça, fadiga, além de vermelhidão e coceira no local da aplicação. 

Os grupos prioritários para vacinação contra Mpox no Brasil

A Organização Pan-Amerinaca de Saúde recomenda vacinação apenas a pessoas que tiveram contato próximo de um caso de Mpox e não recomenda a vacinação em massa contra a doença: “Todos os esforços devem ser feitos para controlar a disseminação da varíola dos macacos entre humanos através da detecção e diagnóstico precoce de casos, isolamento e rastreamento de contato”, informaram no site ofical da OPAS.

O Brasil segue a mesma orientação, ressaltada pela Ministra da Saúde Nísia Trindade em coletiva sobre a aquisição de novas doses do imunizante contra a Mpox: “No Brasil, nós vacinamos com uma licença ainda especial da Anvisa [Agência Nacional de Vigilância Sanitária] em casos muito excepcionais, para grupos muito vulneráveis, pessoas que tinham tido contato com outras pessoas doentes. Então, a vacinação nunca será uma estratégia em massa para a Mpox”.

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Com o surto da doença em 2023, o grupo prioritário para a vacinação no Brasil consistia em:

  • Pessoas que vivem com HIV/Aids com status imunológico identificado pela contagem de linfócitos T CD4 inferirou a 200 células nos últimos seis meses;
  • Profissionais que atuam diretamente em contato com o vírus em laboratórios;
  • Pessoas que tiveram contato direto com secreções corporais de casos suspeitos ou confirmados de Mpox.

Sintomas Mpox

O período de incubação da Mpox é de, em média, 6 a 13 dias, podendo durar até 21 dias. Os sintomas mais comuns de Mpox são:

  • Febre;
  • Dores musculares e nas costas
  • Dor de cabeça;
  • Gânglios linfáticos inchados;
  • Erupção cutânea.

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