Duas baladas de Florianópolis foram fechadas na quinta-feira (31) pela prefeitura da Capital por suspeita de envolvimento em um possível esquema de alvarás falsos. A reportagem apurou que as casas são o Blues Velvet e o bar Opium, ambos localizados no Centro de Florianópolis.

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As duas casas noturnas foram fechadas em uma operação do Procon e da Polícia Civil. Como publicou o colunista da NSC, Ânderson Silva, a polícia também investiga o possível envolvimento de um escritório de contabilidade que teria atuado na emissão de documentos falsificados referentes aos estabelecimentos.

O proprietário do Blues Velvet, Gil Eanes, afirmou à reportagem do NSC Total que o problema teria sido causado pelo contador responsável pelas documentações da empresa. Segundo o empresário, o profissional alegou que não falsificou alvarás, mas teria pegado os documentos na internet sem conferir. Eanes afirma que a Casa registrou um boletim de ocorrência e pretende processar o escritório por conta dos danos.

— Estamos tendo muito prejuízo. O bar é famoso, vai fazer 18 anos neste ano. É muito complicado. Por enquanto está fechado, porque é preciso tirar os alvarás todos de novo — pontua.

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O bar Opium enviou uma nota à reportagem em que afirma que já está com a documentação correta. “O Procon já deu despacho administrativo para retomada das atividades porque sempre tivemos o alvará regularizado (de 2022/23 e 2023/24)”, diz um trecho do comunicado. Na página do Opium no Instagram, a direção informou que eles foram “vítimas de um crime”. No caso do Opium, o funcionamento da casa já está normalizado.

Os dois estabelecimentos têm o mesmo escritório responsável pela contabilidade, mas o nome não foi informado.

O Procon de Florianópolis confirmou as informações repassadas pelos estabelecimentos. A Opium apresentou documentação e um alvará verdadeiro, que garantiria a segurança do local, e por conta disso teve o funcionamento liberado. No caso do Blues Velvet, a suspensão permanece até análise de eventual defesa.

Apesar da liberação de um dos locais, o diretor do Procon, Alexandre Farias Luz, afirma que o procedimento terá sequência para verificar eventual conduta lesiva por parte das empresas.

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— Estamos verificando também outras empresas que foram atendidas por esse contador — afirma.

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