Santa Catarina tem 161 favelas ou comunidades urbanas, que concentram cerca de 109 mil habitantes, o que equivale a aproximadamente 1,4% da população total do Estado. Apesar da maior parte destas comunidades estarem fora da Capital, oito das 10 maiores favelas e comunidades do Estado ficam na região da Grande Florianópolis.

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A maior favela catarinense fica em Palhoça, na Grande Florianópolis. Na comunidade Frei Damião moram 7.273 pessoas, em 2.470 domicílios, conforme dados do Censo Demográfico de 2022, divulgados na sexta-feira (8), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Pesquisa (IBGE). A comunidade é uma das mais vulneráveis do Estado.

Em seguida, a Serrinha, em Florianópolis, abriga 3.908 pessoas em 1.401 domicílios. A Capital tem ainda as seguintes comunidades entre as maiores do Estado: Alto da Caieira, onde moram 3,5 mil pessoas; Sol Nascente, com 3 mil habitantes; Chico Mendes, com 2,5 mil pessoas; Morro do Horácio, com 2,3 mil; e Monte Serrat, onde moram 2,1 mil pessoas. Ao todo, só na Capital, 43 mil pessoas moram em 15 favelas e comunidades urbanas.

As 10 maiores comunidades de Santa Catarina

  1. Frei Damião, Palhoça: 7.273 moradores, 2.470 domicílios
  2. Serrinha, Florianópolis: 3.908 moradores, 1.401 domicílios
  3. Alto da Caieira, Florianópolis: 3.535 moradores, 1.271 domicílios
  4. Sol Nascente, Florianópolis: 3.038 moradores, 1.187 domicílios
  5. Chico Mendes, Florianópolis: 2.599 moradores, 877 domicílios
  6. Morro do Horácio, Florianópolis: 2.377 moradores, 972 domicílios
  7. Monte Serrat, Florianópolis: 2.173 moradores, 808 domicílios
  8. Vila Vitória, Laguna: 2.024 moradores, 826 domicílios
  9. Morro do 25, Florianópolis: 1.873 moradores, 740 domicílios
  10. Nossa Senhora das Graças, Itajaí: 1.577 moradores, 516 domicílios

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Comunidades em Santa Catarina

Segundo o IBGE, Santa Catarina tem 161 favelas e comunidades urbanas, em 24 dos 295 municípios de Santa Catarina.

No último Censo, divulgado em 2010, o Estado possuía 74 Aglomerados Subnormais, termo usado na época para se referir aos assentamentos irregulares conhecidos como favelas, invasões, grotas, baixadas, comunidades, vilas, ressacas, mocambos, palafitas, entre outros. 

O aumento observado nos últimos anos não representa, necessariamente, um crescimento apenas demográfico, uma vez que a identificação dessas áreas foi aperfeiçoada durante o último Censo, assim como o mapeamento e a classificação desses territórios, o que explica, em parte, tal diferença, explica o IBGE.  

Mudança no termo usado pelo IBGE

No Censo 2022, o IBGE retomou o uso do termo “favela”, usado historicamente pelo órgão desde 1950. Desde 1991, no entanto, o instituto usava a denominação de “aglomerados subnormais”.

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“A nova nomenclatura foi escolhida a partir de estudos técnicos e de consultas a diversos segmentos sociais, visando garantir que a divulgação dos resultados do Censo 2022 seja realizada a partir da perspectiva dos direitos constitucionais fundamentais da população à cidade”, diz Cayo de Oliveira Franco, Coordenador de Geografia da Diretoria de Geociências do IBGE.

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