Sete cidades de Santa Catarina vão receber 277 unidades habitacionais para famílias atingidas pelas enchentes em outubro e novembro do ano passado. A maioria dos municípios beneficiados pelo governo federal — seis no total — fica no Vale do Itajaí. Com o anúncio, as prefeituras correm agora para entregar os documentos necessários e poder contratar a construção dos imóveis.

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Conforme adiantou a colunista da NSC, Dagmara Spautz, as residências integram o FAR Calamidade, um tipo específico de financiamento habitacional do programa Minha Casa Minha Vida voltado a famílias que vivem em áreas de risco. O deputado federal Carlos Chiodini (MDB), que articulou a liberação das moradias, disse que se trata da primeira leva às cidades atingidas pelas cheias. 

Taió

Após enfrentar a pior enchente da história da cidade, Taió vai receber 50 casas. A prefeitura informou que o Condomínio Residencial Vale do Sol será no bairro Universitário. A seleção das famílias contempladas ainda não começou, mas serão priorizadas aquelas em situação de risco devido às enchentes de 2023. Dados divulgados na época apontaram que 34% das edificações foram atingidas pelas água.

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Trombudo Central

A prefeitura pediu 100 casas ao governo federal e até o momento teve liberação de 50. As unidades serão construídas em um terreno comprado pelo município no fim do ano passado. O projeto de infraestrutura está sendo executado e prevê pavimentação, terraplanagem, rede de água, drenagem pluvial e distribuição elétrica. A assistência social vai chamar as famílias que já estão credenciadas.

Ao menos 40 casas foram condenadas pela Defesa Civil e as famílias não puderam mais retornar. Além disso, cerca de 90% dos imóveis em Trombudo Central tiveram algum prejuízo

Braço do Trombudo

A cidade enfrentou em novembro do ano passado a pior enchente da história. A prefeitura recorreu ao governo federal e conseguiu 48 unidades habitacionais. O município ainda não definiu se serão casas ou apartamentos. Também não bateu o martelo sobre o endereço das residências. A cidade tem cerca de 3,7 mil habitantes e, de acordo com a Defesa Civil, ao menos 130 famílias tiveram os imóveis atingidos pela água.

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A única régua de medição do nível do rio, que marcava até 4,1 metros, foi ultrapassada e a prefeitura estima que chegou a 4,5 metros.

Lontras

Para Lontras foram liberadas 48 unidades habitacionais. De acordo com a prefeitura, os apartamentos serão construídos próximo ao Centro de Eventos de Lontras. O município ainda não abriu o cadastramento das famílias que poderão tentar uma das residências.

Uma força-tarefa teve de ser feita para a limpeza da cidade após o período de enchentes (Foto: Prefeitura de Lontras, Divulgação)

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Rio do Sul

O governo federal liberou a construção de 40 moradias para Rio do Sul, uma das cidades mais castigadas do Alto Vale do Itajaí com a série de enchentes do ano passado. De acordo com a prefeitura, serão selecionadas famílias que moram em imóveis em cotas mais baixas de inundação, mas este processo de chamamento ainda não está concluído. O endereço para as construções ainda não está definido. O município espera conseguir pelo menos mais 120 moradias para os moradores.

No ano passado, o pico da enchente em Rio do Sul foi de 13,04 metros.

Blumenau

Blumenau vai receber 32 unidades habitacionais. Os apartamentos serão construídos em um terreno da prefeitura localizado na Rua Otto Scheidemantel, no bairro Salto Weissbach. O próximo passo é chamar empresas interessadas em fazer a obra. Famílias que foram atingidas pelas enchentes e deslizamentos, que perderam as casa e possuem laudo da Defesa Civil poderão ser habilitadas. A prefeitura informou que o cadastro das famílias só poderá ser iniciado após 50% da obra estar concluída.

Só no ano passado, Blumenau enfrentou sete enchentes.

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São João Batista

São João Batista vai receber nove unidades habitacionais. Em novembro do ano passado, o Rio Tijucas atingiu 8,04 metros. Foi a segunda maior registrada na cidade desde 2011, atrás apenas da ocorrida em dezembro de 2022. A prefeitura ainda não definiu o terreno para as casas e nem sobre o chamamento das famílias. Segundo o município, cerca de 350 de residências foram afetadas naquela inundação, sendo a maior parte nos bairros Tajuba I, Tajuba II, Ribanceira do Sul e Centro.

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