As cidades brasileiras mais atingidas pelos incêndios das queimadas em agosto de 2025 foram Barra do Garças e Nova Nazaré, no Mato Grosso, e Lagoa da Confusão, no Tocantins. Os dados são do Monitor do Fogo, uma iniciativa da rede MapBiomas, coordenada pelo Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), divulgados nesta quarta-feira (18).  As informações são do g1. 

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As cidades fazem parte das savanas do Cerrado, que registraram um aumento de 221% nas áreas queimadas em agosto de 2024. Segundo o Ipam, somente no último mês, foram queimados 1.239.324 hectares, mais que o dobro do tamanho do Distrito Federal, contra 386.404 hectares em agosto de 2023.

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O Cerrado é o segundo maior bioma brasileiro em extensão, ficando atrás apenas da Floresta Amazônica. A área cobre os estados como Goiás, Tocantins, Mato Grosso do Sul, sul do Mato Grosso, oeste de Minas Gerais, Distrito Federal, oeste da Bahia, sul do Maranhão, oeste do Piauí e partes de São Paulo, além de fragmentos no Paraná e na Amazônia.

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Conforme o relatório, os estados brasileiros que mais registraram queimadas no último mês foram Mato Grosso e Tocantins. As cidades afetadas estão localizadas próximas à transição com a Amazônia e fazem parte da fronteira agrícola do Matopiba, uma das regiões de expansão agropecuária no Brasil.

As regiões são naturalmente úmidas, contudo, acumulam grande quantidade de material combustível durante o período de chuvas, o que, combinado com a seca de agosto, torna-as mais suscetíveis aos incêndios.

Veja as cidades que mais queimaram em agosto de 2024 

  1. Barra do Garças – Mato Grosso 
  2. Nova Nazaré – Mato Grosso 
  3. Lagoa da Confusão – Tocantins 
  4. Formoso do Araguaia – Tocantins 
  5. Campinápolis – Mato Grosso 
  6. Campo Novo do Parecis – Mato Grosso 
  7. Rosário Oeste – Mato Grosso 
  8. Pium – Tocantins 
  9. Paranatinga – Mato Grosso 
  10. Tangará da Serra – Mato Grosso 

Ainda segundo Monitor do Fogo, embora as savanas tenham sido as áreas mais atingidas até agora, o maior aumento percentual nas queimadas foi registrado nas formações florestais do Cerrado. Em agosto de 2024, o crescimento nas queimadas nessas regiões foi de de 410%, com 96.533 hectares queimados, em comparação com 18.910 hectares no mesmo mês de 2023.

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— O aumento do fogo nas formações florestais é algo novo e que pode estar relacionado à intensificação das mudanças climáticas e ao desmatamento, que fragilizam estas áreas e aumentam sua vulnerabilidade ao fogo — explica Ane Alencar, diretora de Ciência do Ipam.

Oito das 12 principais nascentes das bacias hidrográficas do país são abrigadas pelo bioma. Aquíferos importantes, como o Guarani, que se estende por várias regiões, também dependem da preservação do Cerrado para manter o equilíbrio hídrico.

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