O presidente sul-africano, Jacob Zuma, e o congresso do país solicitaram uma ordem judicial para retirar de uma galeria de arte um quadro que expunha os genitais do político, mas dois homem homens se anteciparam e pintaram o quadro, desfigurando a imagem anterior.
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O caso opõe a liberdade de expressão com o direito à dignidade, ambos garantidos pela constituição da África do Sul. A pintura de Brett Murray foi exposta em uma galeria de Johanesburgo, a capital, no início do mês. Uma semana depois, quando a imprensa local informou que o quadro havia sido vendido, o caso ganhou repercussão nacional.
Zuma, que tem reputação de promiscuidade por ter quatro esposas, considerou uma ofensa pessoal, comparando o caso com um estupro. Ironicamente, o próprio presidente foi julgado e absolvido por uma acusação de estupro em 2006.
– O retrato me ridicularizou e me humilhou – declarou Zuma ante a um tribunal na terça-feira.
Praticamente na mesma hora da audiência, os homens entraram na galeria com latas de tinta vermelha e preta e tamparam o quadro – os genitais do chefe de Estado.
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No final da noite, a galeria informou que a pintura, batizada de “A Lança”, havia sido transferida para um lugar seguro.