Existem muitos aspectos científicos sobre as questões que envolvem uma doença grave e o que significa um quadro de saúde irreversível. Mas, você sabe o que significa isso? Acompanhe-nos!

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Significado de doenças

Como um evento importante na vida familiar, a doença – seja crônica, grave ou letal – e a morte, sempre serão a causa de grandes rupturas, sociais e culturais. Ela deixa repercussões importantes em diferentes áreas da vida. Na verdade, tornar-se cuidadora familiar ou assistir uma doença levar um ente querido são experiências difíceis de lidar, principalmente quando envolvem afetos intensos. 

A organização das relações familiares conduz a trajetórias individuais e coletivos que alteram profundamente o papel de cada membro da família. Além disso, também nos diz sobre a possibilidade da família permanecer “saudável” mentalmente depois dessa experiência. 

As pesquisas sobre doença grave e quadros de saúde irreversíveis (além da morte) dentro do contexto familiar reconhecem esse fato, ao mesmo tempo que o inserem no contexto social mais amplo – que constantemente transforma novas relações familiares.

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Por que a mídia fala tanto nas mortes de Covid?

Qual é a diferença entre doença grave e quadro de saúde irreversível?

As doenças graves podem ser tratadas e os sintomas podem ser melhorados se forem detectados precocemente. Podem ser muitas, como:

Infecções

Interações de medicação

Problemas metabólicos

Deficiências de vitaminas

Auto-imunes

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O conceito de doença tem três definições, segundo a medicina. Duas delas referem-se à forma como a palavra era usada até o século 18 – para significar algo desagradável e prejudicial. 

O terceiro significado, que data do século 17, é o moderno: “Doença pode ser uma uma enfermidade”, ou “a condição de estar doente, com saúde precária”. Mas para melhor uma definição médica, o professor Marshall Marinker, clínico geral, sugeriu há mais de vinte anos uma maneira útil de distinguir entre doença e enfermidade. Ele caracteriza esses três modos da seguinte maneira:

“A doença é um processo patológico, na maioria das vezes físico, como uma infecção de garganta, ou câncer, mas às vezes, de origem indeterminada, como na esquizofrenia.”

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Os médicos confiam nos sinais e fazem perguntas sobre sintomas, histórico médico do paciente e atividades recentes para identificar uma doença específica, bem como o agente causador potencial. 

Assim, o diagnóstico é complicado pelo fato de que diferentes causas que podem mostrar sinais e sintomas semelhantes em um paciente. 

Por exemplo, um indivíduo que apresenta sintomas de diarreia pode ter sido infectado por uma ampla variedade de microorganismos patogênicos. Da mesma forma, a febre é indicativa de muitos tipos de infecção, desde o resfriado comum até a mortal febre hemorrágica do Ebola.

Por fim, algumas doenças podem ser assintomáticas, ou seja, não apresentam sinais ou sintomas perceptíveis, como no caso de pessoas que podem estar com a Covid-19. Outro exemplo, a maioria dos indivíduos infectados com o vírus herpes simplex permanece assintomática e não sabe que foi infectada.

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Quais são os períodos de uma doença?

Existem cinco períodos da doença (às vezes chamados de estágios ou fases) que incluem a incubação, prodrômio, enfermidade, declínio e convalescença. 

Assim, o período de incubação ocorre em uma doença aguda após a entrada inicial do patógeno no hospedeiro (paciente). É durante esse período que o patógeno começa a se multiplicar. 

No entanto, pode haver um número insuficiente de partículas do patógeno (células ou vírus) presentes para causar sinais e sintomas da doença. O quadro de saúde aqui é totalmente reversível. Os períodos de incubação podem variar de um ou dois dias na doença aguda a meses ou anos na doença crônica, dependendo do patógeno. 

Os fatores envolvidos na determinação da duração do período de incubação são diversos e podem incluir: 

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a força do patógeno; 

a força das defesas imunológicas do hospedeiro; 

o local da infecção; 

o tipo de infecção; 

o tamanho da dose infecciosa recebida. 

Durante este período de incubação, o paciente não sabe que uma doença está começando a se desenvolver.

O período da doença é seguido pelo período de declínio, durante o qual os patógenos começam a diminuir e os sintomas da doença começam a diminuir também. No entanto, durante o período de declínio, os pacientes podem se tornar suscetíveis ao desenvolvimento de infecções, já que seus sistemas imunológicos foram enfraquecidos. 

E o período final é conhecido como período de convalescença que, durante esse estágio, o paciente geralmente retorna às funções normais, embora algumas doenças possam causar danos permanentes.

Doenças agudas e crônicas

A duração do período da doença pode variar muito, dependendo do patógeno e de qualquer tratamento médico recebido. 

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Para uma doença aguda, as alterações patológicas ocorrem em um período de tempo relativamente curto – por exemplo, horas, dias ou algumas semanas. 

Por exemplo, a influenza (causada pelo Influenzavírus) é considerada uma doença aguda porque o período de incubação é de aproximadamente 1–2 dias. O mesmo se dá com o Covid-19, onde os indivíduos infectados podem transmitir outras pessoas por aproximadamente 5 dias após ficarem doentes. 

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As doenças podem passar de fatais para crônicas?

Para a comunidade médica, as transições nos quadros de doença irreversíveis ou fatais para a crônica não são inesperadas. Por exemplo, milhões de pessoas em todo o mundo vivem com HIV, com milhares de novos casos confirmados a cada ano. 

Hoje, as pessoas com HIV são mais frequentemente tratadas com pílulas de dose fixa uma vez ao dia, tomadas para o resto da vida. É uma grande melhoria em relação ao tratamento inicial do HIV, que envolvia um regime de pílulas altamente complexo, com efeitos colaterais difíceis de controlar. 

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Assim, os avanços no tratamento do HIV mudaram a trajetória de vida de um indivíduo soropositivo recém-diagnosticado. Há seis anos atrás, a expectativa de vida de uma pessoa que vive com HIV era quase a mesma de um indivíduo não diagnosticado com HIV.

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Além disso, também existem as demências que são consideradas irreversíveis, conhecidas como demências degenerativas – pois continuam piorando com o tempo. 

Algumas demências irreversíveis mais comuns, incluem:

Doença de Alzheimer

Doença de Creutzfeldt-Jakob

Demência com corpos de Lewy

Demência frontotemporal

Doença de Huntington

Demência vascular isquêmica

Demências mistas

Hidrocefalia de pressão normal

Demência de parkinson

Paralisia supranuclear progressiva

Caso de morte cerebral

A morte cerebral, também conhecida como morte do tronco encefálico, acontece quando uma pessoa em uma máquina artificial não tem mais funções cerebrais. E isso significa que ela não irá se recuperar (porque é um quadro de saúde irrevesível) e nem conseguir respirar sem apoio.

Uma pessoa com morte cerebral é legalmente confirmada como morta. Ela não têm chance de recuperação porque seu corpo é incapaz de sobreviver sem suporte artificial de vida.

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Assim, a morte cerebral é considerada como morte legal. Se alguém tiver morte cerebral, o dano é irreversível e, de acordo com algumas leis, a pessoa já é dada por óbito. Desta forma, após a morte cerebral, não é possível que alguém permaneça consciente.

Entre as causas da morte cerebral, pode ser por:

parada cardíaca – quando o coração para de bater e o cérebro fica sem oxigênio

um ataque cardíaco – quando o suprimento de sangue ao coração é repentinamente bloqueado

um derrame – quando o suprimento de sangue para o cérebro é bloqueado ou interrompido

um coágulo sanguíneo – um bloqueio em um vaso sanguíneo que perturba ou bloqueia o fluxo de sangue ao redor de seu corpo

A morte cerebral é diferente do estado vegetativo, por exemplo: 

Alguém em estado vegetativo ainda tem um tronco cerebral funcionando, o que significa que tem

alguma forma de consciência pode existir

respirar sem ajuda geralmente é possível

há uma pequena chance de recuperação (o quadro de saúde não é irreversível) porque as funções centrais do tronco cerebral podem não ser afetadas

Alguém em estado vegetativo pode mostrar sinais de estar acordado. Por exemplo, ela pode abrir os olhos, mas não responde ao que a rodeia.

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O caso recente do falecimento do prefeito de São Paulo, Bruno Covas, foi considerado como quadro de saúde irreversível só depois de vários tipos de tratamento de sua equipe médica.

Bruno Covas teve quadro irreversível de saúde
Bruno Covas teve quadro irreversível de saúde (Foto: Reprodução)

Anunciava-se que o prefeito Bruno Covas continuava internado no Hospital Sírio-Libanês, onde recebia analgésicos e sedativos. Naquele momento, o seu quadro já era considerado irreversível pela equipe médica, conforme afirmavam os relatórios.

O médico oncologista que acompanhou o tratamento de câncer do prefeito Bruno Covas, havia realizado uma drenagem de líquidos no pulmão a que ele foi submetido e tinha até previsão de alta no dia 27. E no entanto, na outra semana, Covas começou a apresentar uma piora e a equipe deu como quadro de saúde irreversível.

O mesmo se deu com os boletins médicos do estado de saúde do ator Paulo Gustavo, onde apontava para uma certa estabilidade, com alguns sinais de recuperação. Internado desde o dia 13 de março, o ator passou por muitos problemas pulmonares e até hemorrágicos, onde então foi submetido a severas intervenções cirúrgicas. E no fim, o seu relatório já descrevia um quadro de saúde irreversível.

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Como vimos, um quadro de saúde irreversível pode depender do estado clínico da pessoa, de suas comorbidades e de elementos do conjunto médico que podem influenciar no seu tratamento. 

Você tem alguma dúvida sobre este tema sobre saúde e doenças? Não deixe de visitar nosso blog acerca de tratamentos e dicas de prevenção!