A equipe médica da Santa Casa da Misericórdia de Juiz de Fora, em Minas Gerais, informou na noite desta quinta-feira (6) que o quadro de saúde do candidato à Presidência Jair Bolsonaro (PSL) é considerado grave. Porém, de acordo com os médicos, o paciente foi estabilizado, já está consciente e segue internado na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
Continua depois da publicidade
Uma junta médica com profissionais da Santa Casa de Juiz de Fora e do Hospital Sírio Libanês avaliou a condição de Bolsonaro na noite desta quinta-feira. A conclusão foi que o candidato não possui condições para uma transferência de hospital. Amanhã, dia 7, às 8h, ele passará por uma nova avaliação.
Bolsonaro foi esfaqueado por um homem durante ato de campanha na tarde desta quinta em Juiz de Fora. O suspeito, identificado pela polícia como Adelio Bispo de Oliveira, foi preso em flagrante, logo após o atentado.
Segundo o médico Luiz Henrique Borsato, que fez a cirurgia em Bolsonaro, o candidato foi atingido por apenas uma facada. O golpe pegou uma veia abdominal e perfurou o intestino grosso em três pontos, além de causar uma lesão considerada grave no intestino delgado.
O candidato foi submetido a uma cirurgia de emergência para conter a hemorragia. Segundo os médicos, Bolsonaro deu entrada no hospital com sinais de choque, devido à perda de sangue.
Continua depois da publicidade
Bolsonaro teve lesão grave no intestino delgado
Para conter a lesão grave no intestino delgado, a equipe médico decidiu realizar uma colostomia, ou seja, adaptaram uma bolsa no abdômen de Bolsonaro, para recolher as fezes. Ele deve ficar pelo menos dois meses com o artefato médico.
Após a cirurgia, que durou cerca de duas horas, o paciente foi levado à UTI para recuperação. O candidato está acompanhado dos filhos, que foram ao hospital para prestar auxílio ao pai.
Ainda conforme a equipe médica, a previsão é que Bolsonaro siga internado por um período mínimo de sete a dez dias. No entanto, esse prazo pode variar, de acordo com a recuperação dele.
— Cada paciente reage de um jeito, a gente precisa ver como vai ser a recuperação dele, quando receber alta hospitalar. É um mínimo de hospitalização, mas isso é meramente especulativo — disse Borsato.
Continua depois da publicidade
O médico também disse que não há como prever se o candidato poderá continuar com a campanha. De acordo com ele, há muitos pacientes que fazem a colostomia e levam a vida normalmente.
Leia mais
VÍDEO: veja o momento que Bolsonaro é atacado com uma facada
“Só se aproximou e esfaqueou”, diz deputado que estava em ato de Bolsonaro
Upiara Boschi: atentado a Bolsonaro é sintoma de um país doente
Moacir Pereira: presidente do PSL-SC condena agressão a Bolsonaro