A quadrilha que tem planejado roubos e assaltos a agências bancárias no Sul do Estado nos últimos meses pode ser a mesma que manteve em cárcere privado durante 13 horas a família de um tesoureiro do Banco do Brasil da cidade de Içara. O funcionário foi obrigado a retirar dinheiro do cofre, na manhã desta quarta-feira, para pagar o resgate da esposa, levada como refém. Ela foi libertada sem ferimentos, ainda ontem, antes do meio-dia.
Continua depois da publicidade
A quantia retirada pelo tesoureiro ainda não foi divulgada. O delegado da Divisão de Investigação Criminal (DIC) de Criciúma, Vitor Bianco não descarta a hipótese de o crime ter sido praticado pela mesma quadrilha que em março planejou uma ação semelhante no Banco do Brasil de Forquilhinha. Os bandidos também fizeram a família do tesoureiro de refém por mais de 10 horas e só libertaram a esposa dele após receberem uma quantia estimada em R$ 600 mil.
O caso de extorsão começou por volta das 19h30min, quando um grupo armado invadiu a casa do tesoureiro, no Bairro Santa Bárbara, em Criciúma. A quadrilha dominou o casal e duas filhas – uma criança e outra já adolescente – e os manteve sob a mira de armas até às 8h.
– Os depoimentos preliminares não indicaram muitos detalhes porque as vítimas estavam em estado de choque, mas ninguém foi agredido ou maltratado – informou o delegado Vitor Bianco.
Continua depois da publicidade
Antes de levarem a esposa do gerente no veículo Ford Ka da vítima, os bandidos instruíram o tesoureiro a retirar todo o dinheiro que estava no cofre do banco e entregá-lo a um integrante da quadrilha em uma rua do Bairro Vila Nova, nas proximidades da BR-101, em Içara. A promessa era de que, se tudo fosse feito conforme as ordens, a mulher seria libertada em minutos.
Depois de receber o dinheiro, um dos bandidos entrou em contato com os demais companheiros e cumpriu a promessa. O veículo da esposa do tesoureiro foi deixado num posto de combustíveis às margens da rodovia que liga a BR-101 em Morro da Fumaça ao Balneário Esplanada. A mulher foi deixada na estrada alguns quilômetros adiante, na localidade de Olho D’água.
Nesta quinta, a Polícia Civil vai retomar os depoimentos das vítimas. A família preferiu não comentar o episódio. O delegado Vitor Bianco disse que é possível que as investigações sejam conduzidas pela delegacia de Içara.
Continua depois da publicidade