A solidariedade provocada pelo rompimento da barragem de Fundão, em 5 de novembro, em Mariana (MG) também atraiu criminosos. Em entrevista ao programa Gaúcha Atualidade, o prefeito da cidade mineira, Duarte Júnior (PPS), contou que, em meio à ajuda recebida de voluntários vindos de diversos pontos do país, uma quadrilha desviou mais de R$ 2 milhões em um esquema ilegal de aluguel de caminhões e retroescavadeiras:
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— Eles chegaram demonstrando preocupação com o município e alugaram máquinas de uma empresa. Em algum momento, disseram que fariam a manutenção dos equipamentos e levaram as máquinas embora. Deixaram um prejuízo de mais de R$ 2 milhões à empresa — revelou.
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No entanto, a fraude não se resumiu ao falso aluguel dos equipamentos. Além disso, o prefeito também afirmou que o grupo deixou dívidas em hotéis de cidades vizinhas e não pagou os serviços de mão-de-obra contratados.
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Na entrevista, Júnior ainda avaliou a responsabilidade da mineradora Samarco no desastre ambiental. Para o prefeito, a empresa “não é vítima, mas, sim, responsável” pelo rompimento da barragem.
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— Há mais de 30 anos, os moradores do distrito de Bento Rodrigues já tinham essa preocupação (com o rompimento da barragem). O mínimo necessário era que houvesse um sinal sonoro para avisar a comunidade sobre o que estava acontecendo. Eu espero que essa tragédia sirva de alerta para que não ocorra mais — contou.
Em razão da tragédia, Júnior estima que Mariana perderá R$ 4 milhões de arrecadação mensal.