Cinco cidades catarinenses aparecem numa lista da ação de uma quadrilha do Rio Grande do Sul que fraudava leilões nos três Estados da Região Sul.

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Os criminosos arrematavam bens pelos lances mínimos e depois faziam novo leilão. A diferença entre os dois era o valor que embolsavam.

Nesta segunda-feira, oito pessoas foram presas no Rio Grande do Sul. A operação denominada de Lance Final é do Ministério Público gaúcho.

O promotor responsável pela investigação, Ricardo Herbstrith, disse que o bando atuava principalmente em leilões de prefeituras de cidades pequenas que envolviam máquinas agrícolas, tratores, ônibus e caminhões.

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Os criminosos negociavam com os participantes do leilões para que os bens fossem arrematados entre os integrantes da quadrilha pelo lance mínimo.

As irregularidades consistiam em acertos e ajustes para que o bem saísse pelo valor de avaliação. Depois, em um segundo leilão, ficavam com a diferença do valor, chamado de caixinha.

De acordo com o promotor, em Santa Catarina os criminosos fraudaram ou tentaram fraudar leilões em Gravatal (Sul), Ipuaçu (Oeste), Curitibanos (Central), Iomerê e Macieira, ambas no Meio-Oeste. Imagens dos participantes foram feitas no Estado. A investigação começou no final de 2012. Ainda está sendo apurado o valor que o bando lucrou.

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– Para que essas fraudes não aconteçam é necessário que as prefeituras tornem o leilão mais público possível e atraiam maior número de pessoas possível – disse o promotor gaúcho.

As prisões foram nas cidades gaúchas de Boa Vista do Buricá, Panambi e Santa Maria são os principais alvos da Operação Lance Final. Documentos foram apreendidos. A quadrilha aplicou golpes em pelo menos 12 municípios do Sul.