A quadrilha paranaense presa por contrabando, principalmente de cigarros, e que entre os líderes tem assessores de deputados estaduais e oficiais da Polícia Militar daquele Estado usavam Santa Catarina para lavar dinheiro e abrir casas de bingo. O delegado da Polícia Federal (PF) Igor Romário de Paula disse que durante os dois anos de investigação a quantidade de recursos enviados a Joinville e Laguna alcançou milhões de reais.
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O montante serviu para comprar imóveis, veículos e abrir uma casa de jogos ilegais. Além de 29 mandados de prisão preventiva no Paraná, a Justiça concedeu seis mandados de busca e apreensão a serem cumpridos em Joinville e Laguna.
Em cada cidade houve uma condução coercitivas, o que significa obrigação de prestar depoimento e uso da força se necessário. O delegado da PF afirmou que foram encontrados documentos e uma quantidade substancial de dinheiro, mas preferiu não revelar a quantia.
Igor falou ainda que mais pessoas devem ser chamadas para prestar depoimento. O número não foi definido e depende do que for descoberto nos depoimentos e no material apreendido.
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O esquema
A PF informou que todos os investigados em SC têm contato com três assessores de um deputado estadual do Paraná ou policiais presos. Eles são os chefes do esquema que atua no contrabando de produtos do Paraguai, principalmente cigarros.
O delegado explicou que a investigação descobriu o envolvimento de policiais rodoviários estaduais do Paraná na facilitação do tráfego de cargas de contrabando que incluia caminhões bitrém. Logo foi verificado que estes profissionais ocupavam postos determinados por certos diretores regionais.
Os diretores tinham como padrinhos três coronéis da Polícia Militar do Paraná com bastante proximidade ao comando da corporação. O trio era mantido no cargo graças a três assessores de um deputado que não teve o nome revelado.
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O delegado afirmou que o nome de vários parlamentares foram citados, mas a investigação não avançou porque eles têm foro privilegiado.