A agência do Banco do Brasil no Bairro Campeche, Sul de Florianópolis não havia aberto ainda quando uma quadrilha entrou no banco, às 9h20min desta segunda-feira, dia 30.
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Quatro homens armados com pistola cada um e sem máscaras balaclavas, desceram de um C4 azul escuro, quebraram o vidro ao lado da porta giratória e anunciaram o assalto.
A vigilante, o gerente, funcionários que abasteciam os caixas e pelo menos dois clientes que usavam os terminais de auto-atendimento foram rendidos. Ninguém se feriu.
O bando levou todo o dinheiro que estava sendo colocado nos caixas, além de envelopes de depósito. De acordo com informações extra-oficiais da polícia ainda não confirmadas pelo banco, o valor roubado passa de R$ 300 mil em dinheiro.
Os assaltantes fugiram com os malotes no C4 azul. Fizeram a troca de carros na Rua Sebastião Laurentino da Silva, no mesmo bairro. Abandonaram o C4, entraram num Peugeot 216 preto e fugiram.
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Havia muito sangue no C4, vestígio importante para o trabalho da perícia. A polícia acredita que um dos assaltantes acabou se machucando durante a ação. Um quinto homem pode ter participado do assalto.
O C4 azul escuro havia sido roubado horas antes, no Mirante da Lagoa da Conceição. Por volta das 2h desta segunda, o dono do carro e a namorada foram assaltados por dois homens, que levaram o C4 e deixaram o casal a pé.
Guarnições do 4º Batalhão de Polícia Militar atenderam a ocorrência e com apoio do helicóptero Águia fizeram buscas na região. O caso foi registrado na 2a DP da Capital e repassado à Delegacia de Repressão a Roubos da Capital (DRR).
Silêncio precede assalto
Sangue e impressões digitais no carro, imagens do circuito interno da agência, e testemunhas são alguns elementos de trabalho dos policiais da DRR. Um dos assaltantes estava de cabelo raspado. Pode ser um indício de que esteve recentemente no sistema prisional.
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Responsável pela investigação, o titular da DRR, delegado Luiz Felipe Rosado vai fazer um levantamento dos presos que saíram da cadeia por sete dias beneficiados com o indulto de Natal. Em SC, 2.046 detentos tiveram sua saída temporária autorizada pela Justiça, conforme dados do Departamento Estadual de Administração Prisional (Deap).
O delegado Luiz Felipe Rosado acredita que os assaltantes agiram de forma independente, sem relação com facções criminosas, principalmente por causa do armamento que não era de grosso calibre.
– Eles são audaciosos, quebraram o vidro e partiram para a ação. E não tentaram esconder o rosto. Podem ter saído de sete dias (indulto de Natal) e não tinham nada a perder. Também pode ser um crime encomendado lá de dentro (sistema prisional). Estamos com algumas linhas de investigação – contou o delegado.
Perguntado se teve alguma intuição em relação a alguma movimentação diferente na cidade, nesta época, o titular da DRR disse que achou estranho uma situação.
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– Estava achando tudo muito calmo. Tivemos apenas um boletim de ocorrência desde o dia 20. E caiu muita droga este ano, principalmente no segundo semestre. Esperava os criminosos se capitalizarem praticando roubo, embora a DRR já tenha prendido muita gente esse ano. Mas aquela calmaria toda estava anormal – concluiu o chefe da DRR.