Você pode até não ter percebido, mas eles estão por todos os lados. Criados em 1994 pela empresa japonesa Denso-Wave com o objetivo de catalogar peças de veículos, os códigos QR – QR Codes, em inglês – nunca foram tão populares. A chegada à maioridade – lá se vão 19 anos desde o seu nascimento – trouxe inovadoras possibilidades para o sistema, espécie de código de barras em duas dimensões, que pode ser lido por câmeras de computadores e smartphones.

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GALERIA: CONFIRA USOS CRIATIVOS PARA OS CÓDIGOS QR

Nos últimos anos, o código QR ganhou as mais variadas aplicações, inclusive no Brasil: da publicidade aos carnês de pagamentos de impostos, do rastreamento de produtos agropecuários aos serviços de informações turísticas. O uso mais conhecido faz uma espécie de link entre o mundo real e o virtual – com a leitura de um código impresso em jornais ou revistas, por exemplo, o usuário é remetido a um link na internet. Segundo especialistas, as possibilidades para esse método, nascido de forma quase despretensiosa, são imensas:

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– Serve para praticamente tudo, mas ficou bem popular porque nos smartphones se usam aplicativos capazes de fazer a leitura – comenta Raul Weber, professor de arquitetura de computadores e segurança da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS).

Supermercados virtuais e turismo

Há pouco, começaram a surgir na Europa e na Ásia espécies de supermercados virtuais. Nas fotos das imensas prateleiras, dispostas em estações de metrô e outros locais de grande afluxo de pessoas, todos os produtos contam com

QR Codes. Para comprar, só é preciso apontar a câmera do smartphone e fazer o pagamento no cartão de crédito ou por débito em conta.As compras são entregues em casa. Essa, acredite, é só uma das quase infinitas aplicações.

No Brasil, governos estaduais e municipais começaram a usar o código QR em substituição aos códigos de barras. No Rio de Janeiro, as tradicionais calçadas portuguesas – mosaicos de pequenas pedras – ganharam 30 pontos com QR Codes desenhados.Ao captar a imagem desenhada nas pedras, os turistas podem obter informações sobre os locais. O mesmo ocorre em Curitiba, onde uma calçada da Boca Maldita, no centro da cidade,também abriga um QR.

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No Rio Grande do Sul, o pesquisador do Programa de Pós-Graduação em Educação da Unisinos Daniel Lopes faz experimentos educacionais com base em QRs.Após fotografarem locais que considerem interessantes, estudantes

contam suas experiências ou percepções no blog escolaaumentada.tumblr.com.

– Nós usamos QR Code para provocar o que chamamos de uma curadoria aberta dos espaços públicos – compara Lopes.

História

Um código QR é como um código de barras, um tipo de imagem bidimensional legível por scanner, que pode ser uma simples câmera de smartphone associado a um aplicativo especial de leitura. Os quadradinhos pretos, organizados em um formato específico, podem ter variados tipos de informação, como um texto ou o endereço de uma página na web. QR, em inglês, significa Quick Response (resposta rápida).

1994 – O código QR é criado pela empresa japonesa Denso-Wave, inicialmente usado para catalogar estoques.

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1999 – O padrão japonês, usado até hoje no mundo inteiro, é lançado em janeiro de 1999.

2003 – Começam a ser desenvolvidos aplicativos que ajudam usuários a adicionar dados a seus telefones celulares usando a câmera.

2004 – Os códigos QR passam a aparecer em revistas e propagandas, para registrar endereços e URLs.

2008 – No Brasil, anúncios e publicações começam a aparecer com o código QR de forma mais recorrente.

Em Zero Hora

Você já deve ter percebido o uso de QR Codes nas páginas de Zero Hora. Desde o início deste ano, os códigos são usados regularmente para direcionar os leitores a conteúdos que complementam as matérias de ZH impressa em zerohora.com. Vídeos, galerias de fotos, infográficos e outros conteúdos são acessados facilmente por meio da tecnologia.

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