A convenção nacional do Partido Verde (PV) confirmou por aclamação, neste sábado, o ex-deputado federal Eduardo Jorge como candidato à Presidência da República. A legenda disputará o Palácio do Planalto sem aliados, e a vice-prefeita de Salvador, Célia Sacramento (PV), será vice de Jorge.
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O presidente do partido, deputado federal José Luiz Penna (PV-SP), defendeu que o partido disputará o Palácio do Planalto sem “amarras” com outras legendas e sindicatos.
– Os outros partidos estão muito amarrados a compromissos. Eles não podem falar, como nós, de tudo – disse.
Penna se referiu indiretamente à ex-senadora Marina Silva, que disputou a Presidência pelo PV em 2010, e hoje é vice na chapa de Eduardo Campos (PSB).
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– Nós não temos desta vez uma candidatura inventada. Temos uma candidatura que vem dos nossos quadros – considerou.
Com apenas oito deputados federais e um senador no Congresso Nacional, o PV colocou como principal meta elevar a bancada verde. O PV colocou a reforma política como uma dos pontos principais de seu programa de governo. O presidente do partido disse que a proposta verde é a retomada do parlamentarismo, experiência vivida no início do governo João Goulart (1961-64).
Jorge afirmou que essa corrida eleitoral tem três “grandes candidaturas” com Aécio Neves (PSDB), Eduardo Campos (PSB) e Dilma Rousseff (PT), mas disse que pretende se colocar como opção ao eleitor que “acredita no desenvolvimento sustentável e quer votar verde” e contra os “partidos do século 20”.
Segundo o pré-candidato verde, o PV tem nessas eleições “um programa íntegro”, retomando bandeiras não encampadas por Marina em 2010.
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– Ela agregou muita coisa, mas tem ideias decorrentes da sua posição religiosa que são muito conservadoras. afirmou.
Sem Marina para perseguir o feito de 2010, quando ela obteve quase 20 milhões de votos, o PV encampou a legalização do aborto e a descriminalização da maconha como bandeira.
– O PV tem uma posição bem mais liberal (que a Marina) – defende.