Os 220 purificadores de água entregues no Rio Grande do Sul, na quarta-feira (8), têm a capacidade de tornar a água de enchente potável em segundos. Os aparelhos foram comprados por meio de uma campanha do influenciador Felipe Neto, que arrecadou mais de R$ 4,8 milhões, e levados ao Estado pela Força Aérea Brasileira (FAB).

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— É uma tecnologia muito eficiente e de fácil manuseio. E nós trouxemos hoje 220 purificadores. Cada purificador tem a capacidade de purificar 5 mil litros de água por dia. Isso nos permitirá purificar 1,1 milhão de litros de água/dia — disse Paulo Pimenta, ministro da Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom), em coletiva de imprensa.


Como funcionam os purificadores

Os purificadores enviados ao Rio Grande do Sul são produzidos pela PWTech (sigla para Pure Water Technology), empresa com sede em São Carlos (SP). A startup surgiu em 2019 com o propósito de levar a água potável a lugares de difícil acesso, de acordo com informações do g1.

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Segundo a fabricante, cada equipamento tem um custo de R$ 18 mil e foi acompanhado de um kit de manutenção e um filtro de linha, totalizando R$ 22 mil. O purificador consiste em uma caixa com menos de 1 metro de largura e 43 cm de altura, e aproximadamente 18 quilos, capaz de purificar água doce contaminada de rios, lagos e açudes.

A tecnologia desenvolvida para a “estação de tratamento portátil” contempla um processo bastante simples: se inicia com uma cloração, passa por dois níveis de filtro particulado e acaba em uma membrana de ultrafiltração, que nada mais é do que o filtro usado em máquinas de diálise.

Onde os purificadores já foram usados

No Brasil, os equipamentos já foram destinados a áreas remotas e sem infraestrutura de saneamento básico, como a Ilha do Bororé, em São Paulo, e comunidades indígenas Yanomami, no Amazonas.

Também se destina a programas na área de saúde e educação, disponibilizando água limpa para Unidades Básicas de Saúde e escolas.

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Os purificadores estão em mais de 20 países, em projetos e ações da ONU para crises humanitárias em regiões de conflito e sob o efeito de emergências climáticas, como Ucrânia, Faixa de Gaza, Síria, Haiti, Paquistão e Etiópia.

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