O preparador de máquinas Luciano Schroeder, 31 anos, gosta de levar a mulher Kelli e o filho Rafael, sete anos, para fazer um programa bem diferente a cada três meses: doar sangue. Luciano faz esta boa ação há 13 anos – já doou cerca de 50 vezes.

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Cada vez, o doador deixa um pacotinho com 475 ml de seu sangue. Fazendo as contas, Luciano deve ter doado cerca de 23 litros. Ou seja, permitiu que pelo menos 200 pessoas se beneficiassem com o sangue AB+.

Luciano não é daquelas pessoas que ostentam o orgulho em fazer uma boa ação. Ele diz que faz isso porque é preciso ajudar a salvar a vida do próximo – uma necessidade que é bem real e que muita gente vive. Foi assim que começou a trajetória no Hemosc.

Há 13 anos, a sobrinha recém-nascida precisava de um tipo de sangue que apenas Luciano poderia fornecer. E que ele doou satisfeito – porque sabia que feliz também seria a continuação da vida da sobrinha.

Depois disso, Luciano não parou mais de doar seu sangue. E foi no embalo desta ação que outro parente precisou de ajuda. Quando o filho Rafael nasceu, logo percebeu-se o problema cardíaco na criança, então, ele novamente espetou o braço.

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– Depois disso, continuei doando, porque sempre me coloco no lugar de quem precisa. Procuro influenciar todos ao meu redor para que doem também e sintam essa alegria e satisfação que existem nesse ato -, conta.

– Não há nada de perigoso -, assegura Luciano, que pretende doar sempre.

Rafael, apesar de tão jovem, garante que também não terá medo da agulha. Quando o pai entra na sala de doações do Hemocentro, Rafael apenas espia curioso pelo vidro da porta, torcendo para que nada daquilo esteja causando dor física ao pai. E sente orgulho, porque já conhece o valor do ato de doar.