O presidente catalão destituído, Carles Puigdemont, e seus quatro conselheiros, alvos de um mandato de prisão emitido pela justiça espanhola, permanecerão na Bélgica após as eleições previstas na Catalunha, de 21 de dezembro, devido aos recursos que apresentarão contra sua extradição, afirmou seu advogado neste sábado.

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“Aconteça o que acontecer, estarão [em Bruxelas] ao menos até 21 de dezembro, e calculo que isto continuará inclusive até meados de janeiro”, declarou Jaume Alonso Cuevillas à rádio catalã Rac1.

“Estou convencido de que, aconteça o que acontecer, haverá um recurso de apelação e um recurso” para evitar que a Bélgica os envie a Espanha, explicou.

Puigdemont se refugiou na Bélgica com quatro de seus conselheiros depois que o governo espanhol destituiu seu executivo e colocou sob tutela a autonomia catalã, em consequência da declaração unilateral de independência dessa região do nordeste do país em 28 de outubro.

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Assim como os demais dirigentes independentistas catalães que participaram desta tentativa de secessão, Puigdemont é acusado de rebelião, sedição e malversação de fundos públicos. Após sua fuga, os outros membros do governo destituído foram postos em prisão preventiva.

Apesar de tudo, o líder separatista é candidato às eleições regionais e pretende ser restabelecido como “presidente legítimo” do governo catalão se ganhar a votação.

Em caso de vitória, Puigdemont “manifestou sua intenção de vir para tomar posse como presidente da Generalitat, independentemente do que acontecer com a justiça belga”, acrescentou seu advogado.

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* AFP