O presidente do governo catalão, Carles Puigdemont, pediu para comparecer ao Parlamento regional na terça-feira, após a suspensão judicial da sessão prevista para segunda-feira no qual deve “avaliar os resultados e os efeitos do referendo” proibido de domingo.
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“O presidente Puigdemont pede para comparecer na terça-feira no Parlamento por petição própria para informar sobre a situação política atual”, informou em uma mensagem o porta-voz do executivo regional.
Esta petição será debatida nesta sexta-feira a partir das 15H30 (horário local) em uma reunião do órgão relator da câmara do parlamento que, controlado pela coalizão do governo de Puigdemont, deverá aprová-la sem problemas.
Depois do referendo celebrado no domingo passado na região, declarado ilegal pela justiça e impedido parcialmente pela polícia, Puigdemont previu comparecer no parlamento regional na próxima segunda-feira.
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No entanto, na quinta-feira o Tribunal Constitucional suspendeu a convocação da sessão, declarando “radicalmente nulo e sem valor nem efeito” qualquer ação que “se contraponha à suspensão acordada”.
Segundo informou nesta quarta-feira uma fonte do governo regional à AFP, nessa sessão já suspensa poderia ter sido anunciada a declaração de independência dessa região de 7,5 milhões de habitantes.
A consulta celebrada neste domingo apesar da suspensão do Tribunal Constitucional intensificou o conflito entre as autoridades regionais e o governo espanhol de Mariano Rajoy, pressionado agora para tomar decisões contundentes para conter o desafio separatista.
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Segundo o governo catalão, na consulta ganhou o “sim” com 90%. Mas a participação, de apenas 42,3% dos 5,3 milhões de eleitores, e as escassas garantias do voto colocam em xeque a legitimidade do resultado.
* AFP