A morte da puérpera Xokleng Daniela Caxias, de 26 anos, por Covid-19 acendeu o alerta na Aldeia Figueira, na Terra Indígena La Klãnõ, em Vitor Meireles, no Alto Vale do Itajaí.
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Daniela deu à luz um bebê no Hospital Doutor Waldomiro Colautti, em Ibirama, na mesma região, e recebeu alta. Dias depois, em casa, começou a apresentar sintomas da doença. Encaminhada para o hospital na cidade de Vitor Meireles, foi testada e teve resultado positivo para Covid.
Daniela morreu no sábado (14) no hospital de Ibirama, para onde tinha sido transferida. A reportagem recebeu a informação de pessoas próximas de que Daniela havia recebido as duas doses. Mas a Secretaria Especial de Saúde Indígena optou em não confirmar. Ela deixa dois meninos e o marido. A morte dela foi incluída em boletim da Secretaria de Saúde de Santa Catarina com os dados atualizados da pandemia no Estado.
O filho de Daniela está aos cuidados do pai e de familiares próximos. Nas redes sociais, o marido sinalizou o luto pela esposa e postou fotos da família. Segundo parentes, ela não tinha comorbidades.
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A semana já tinha sido triste para o povo Xokleng pela perda de duas pessoas respeitadas na comunidade. Na segunda-feira (9), morreu Aniel Priprá, uma das maiores lideranças, e no dia seguinte, Alfredo Patté, também ex-cacique, e que enfrentava problemas de saúde.
Priprá morreu em consequência de complicações após uma cirurgia cardíaca. Uma das principais lutas de Aniel foi o complexo de barragens para contenção de cheias e que avançou sobre a terra indígena.
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