Todos conhecem o final da história, o cavalo vai derrubar o cavaleiro. Mas ninguém desvia o olhar durante os poucos segundos em que ele permanece no lombo do animal.
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A emoção do esporte da gineteada é algo que passa de geração em geração e simboliza o antigo modo de vida do campeiro gaúcho, quando ele domava os animais nos campos.
Um esporte que se mistura à cultura de um povo e lota os Centros de Tradições Gaúchas (CTGs), como aconteceu neste sábado, no Rodeio Crioulo do CTG Chaparral, em Joinville.
Durante os três dias do evento, que encerra neste domingo, torneios de laço, gineteadas, leilões e shows fazem parte da programação. O público é eclético, de crianças a idosos, moradores da cidade e visitantes de outras regiões.
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Os rodeios têm o poder de atrair adeptos de vários lugares e este movimento não enfraquece as características de origem, pelo contrário, quem chega se adapta. Keli Cláudia Castoldi, 26 anos, nasceu em São Miguel D’Oeste e mora há 20 anos em Joinville.
Ela tomou o gosto pelo rodeio por meio da irmã, casada com um ginete, como é chamado o cavaleiro que pratica a gineteada. Agora é presença garantida nos rodeios e não sai de casa sem a bota característica, mesmo com um calorão lá fora.
Já os praticantes do esporte, em muitos casos, fazem isto desde criança, aprendem com os familiares, e consideram a gineteada parte de suas vidas.
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Bruno Mendes, 26 anos, é natural de São Joaquim e mora em Joinville. Nos últimos 16 anos tem se dedicado à gineteada. Em uma das inevitáveis quedas, por pouco ficou impossibilitado de andar, no entanto, considera que o risco faz parte e não pensa em deixar o esporte.
André Luiz de Souza, 30, é de São José. No rodeio deste sábado, conseguiu ficar oito segundos no lombo da égua Maxichera. Para conseguir a façanha, treina uma vez por semana e faz atividade física para manter o condicionamento.
O Jeferson José Schambach, 30, é de Joinville. Começou aos 14 anos, já ganhou prêmios e continua firme na gineteada. Ele treina duas vezes por semana, aprendeu a técnica de montar e de cair. Fica dolorido, mas logo se esquece das dores quando chega a hora de montar novamente.
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