De branco ou da cor escolhida para trazer a sorte desejada, ao lado da família ou amigos, com espumante ou qualquer outra bebida, comendo uvas, brindando, saudando e abraçando. Como manda a tradição e todas as superstições, Blumenau comemorou a chegada de um novo ano em uma noite para lá de bonita.

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Depois de um domingo de sol e calor, a chuva até ameaçou complicar a festa — mas ficou só na ameaça mesmo. O público chegou aos poucos para curtir as atrações musicais no palco em frente à prefeitura a partir das 20h e até as 23h lotou completamente a Avenida Beira-Rio da praça da prefeitura até a ponte Adolfo Konder (no Castelinho da Havan).

Da rua ou das sacadas dos prédios, o público recebeu a benção do Padre João Bachmann e se preparou para a famosa contagem regressiva. No primeiro segundo de 2018 as garrafas de bebida estouraram e o show de fogos fez a cidade inteira olhar para o céu. Foram 15 minutos e 27 segundos de dança de cores e luzes mudando o breu da noite. Os fogos de artifício saíam da Ponte de Ferro, do Museu da Água e da Prainha, enchendo os olhos e refletindo nas águas do rio Itajaí-Açu.

Incessante dos últimos minutos de 2017 até o fim do show de fogos, o badalar dos sinos da torre da Catedral anunciou que um novo ciclo de 365 dias estava começando, cheio de novas oportunidades e promessas. Feito para, como diria Belchior naquela canção, “viver as coisas novas que também são boas”.

60 mil pessoas participaram da festa

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A estimativa da Polícia Militar é de que o público da festa tenha alcançado 60 mil pessoas na Beira-Rio. A contagem foi feita pela PM por volta das 23h30min com base nas câmeras de videomonitoramento e bate com a expectativa da prefeitura para o evento. O investimento na festa de Réveillon foi de R$ 400 mil, pagos com lucros da Oktoberfest.

Ainda segundo a PM, a única ocorrência registrada durante a festa foi por posse de drogas.

Sem parar o trabalho

Enquanto a maioria curtia a noite, alguns trabalhadores seguiam em serviço durante a virada de ano. Ajudando a manter a Avenida Beira-Rio em ordem e limpa recolhendo as garrafas e o lixo dos que deixaram restos para trás, Jurandir Maciel não viu problemas em trabalhar no Réveillon. Gaúcho de 30 anos radicado em Blumenau desde 2008, o trabalhador da URB passou seu quinto fim de ano seguido trabalhando na festa. Na hora dos fogos, parou e assistiu ao show que, segundo ele, estava muito bonito.

Foto: Patrick Rodrigues / Jornal de Santa Catarina