Os comunicados e publicações desta sexta-feira do grupo extremista Estado Islâmico (EI) não mencionam o massacre em Nice, que deixou mais de 80 mortos nesta cidade do sudeste da França.

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Nem os comunicados da organização extremista, nem da agência Amaq, ligada ao EI, ou a rádio dos extremistas mencionaram o ataque que, segundo o procurador de Paris, François Molins, corresponde “exatamente aos chamados permanentes de morte” dos extremistas.

Na noite de quinta-feira, durante os festejos do 14 de julho no Passeio dos Ingleses, avenida à beira-mar de Nice, um homem jogou o caminhão que dirigia na multidão reunida para ver a queima de fogos, matando pelo menos 84 pessoas e ferindo mais de 200.

O motorista, identificado como Mohamed Lahouaiej-Bouhlel, um tunisiano residente em Nice, foi morto pela polícia.

O EI – que desde 2014 controla amplos territórios no Iraque e na Síria – reivindicou vários atentados mortais, que deixaram dezenas de mortos em França, Bélgica, Estados Unidos e em países árabes.

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Apesar do silêncio do EI após o massacre em Nice, partidários do grupo extremista comemoraram o ataque nas redes sociais.

Os vínculos do autor da matança de Nice com o Islã radical têm sido investigados com cautela. O primeiro-ministro francês, Manuel Valls, declarou na noite de sexta-feira: “É um terrorista, sem dúvida, ligado ao islamismo radical, de uma forma ou de outra”.

Mas o ministro do Interior francês, Bernard Cazeneuve, recusou-se, no entanto, a confirmar que o homem tivesse ligações com o Islã radical.

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