O texto abaixo foi escrito por um leitor do Diário Catarinense, participante do concurso cultural DC da Virada. O DC propôs para os participantes que fizessem um balanço de 2012 e contassem um pouco sobre o que querem de 2013.

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Sempre gostei de escrever. Em 2011, a necessidade de fazê-lo encontrou uma válvula de escape que me permitia, talvez, ter mais leitores do que em meu blog, criado em 2008.

Ano de 2012: Florianópolis, Hospital Baía Sul, num domingo de setembro fui visitar um amigo que saía da UTI e lá conheci uma mulher que também o visitou, mas, apesar de paulistana como eu, mora em Fortaleza há mais de 10 anos. Após um bate-papo sobre afinidades que fomos descobrindo, falei a ela que estava em um forte momento de produção poética e que eu até estranhava isso, pois minha aptidão, já diziam os meus professores de oficinas de criação literária da UFSC (onde me formei em Letras), era a “prosa”. Contou-me ela, em setembro, pelo Facebook, sobre um grupo da rede social chamado Mulher Brasileira Procura, título de romance autobiográfico de Claudia Carvalho. Adicionada ao grupo e por meio de várias conversas, soube que Claudia estava organizando uma antologia de contos de amor e selecionando autoras amadoras, iniciantes ou profissionais para compor o livro que seria (e foi!) lançado em 17 de novembro na Bienal Internacional do Livro.

O projeto tinha a seguinte proposta “histórias de amor verdadeiras”, e o título Encontrei Quando Menos Procurava. Lógico que quis participar e me agilizar, apesar de ainda não ter encontrado e, inclusive, deixado de procurar. Vasculhei o meu blog e encontrei um conto meu baseado em triste fato verídico. Iniciou-se, deste modo, via e-mails, a adaptação e reescrita de meu conto para que ele se encaixasse na antologia. Fui selecionada e feliz fiquei: Bienal Internacional do Livro e uma primeira publicação em formato livro.

Positivamente surpreendida por 2012 e feliz por 2013

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Vida de artista, sobretudo de escritor, nunca foi fácil, e se não somos renomados ainda, pagamos as edições e batalhamos para vê-las circulando. E mais uma vez a rede social foi uma boa ferramenta: um ex-aluno meu, atualmente estudante universitário, Gustavo Daux, ajudou-me com depósito em dinheiro para minha cota de edição. Cada coautora da antologia contribuía com um valor para editarmos nosso livro. Eu ainda não tinha grana para pagar a publicação.

Estava aflita, com receio de não conseguir verba para chegar à palestra que tivemos em nosso lançamento na Bienal. Penei, mas lá cheguei. Obrigada, Facebook, seu lindo! Obrigada àqueles que contribuíram e me apoiaram para que eu não desistisse e pudesse vislumbrar um 2013 com decisão e coragem necessárias para não esmorecer diante do que sinto ser mais genuíno em mim: escrever e vivenciar a tríade “autor, livro, leitor”.

Saio de 2012 positivamente surpreendida e que venha 2013! Meu primeiro livro na modalidade poesia já está compilado. Prossigo (ou melhor, retorno à prosa) com crônicas, contos e, quiçá, em outro ano, um romance. Não sei precisar, mas minha praia não tem muitas conchas, e sim letras.