Praticamente isolado na oposição ao governo estadual, o PT tem em Concórdia um oásis. Candidato à reeleição, o prefeito João Girardi (PT) tentará garantir ao partido o quarto mandato consecutivo – proeza inédita para os petistas das maiores cidades do Estado.

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Para impedir, o PMDB estadual sonha com uma grande aliança comandada pelo deputado estadual e ex-prefeito Moacir Sopelsa (PMDB). A composição ainda esbarra nas questões locais. Ao apresentar seu projeto para o partido na cidade, no ano passado, Sopelsa se deparou com as pré-candidaturas dos ex-secretários regionais Valmor Fianetti e Idair Piccinin (candidato derrotado em 2004), do vereador Closmar Zagonel e de Artêmio Ortigara.

Para evitar o desgaste de uma disputa interna, o deputado se afastou do processo. Com isso, ganhou força a pré-candidatura do ex-vereador e radialista Cesar Luiz Pichetti (PSD). Ele tem apoio a Gelson Merisio (PSD) na tentativa de ser uma terceira via na histórica polarização entre petistas e peemedebistas.

O cenário de três candidaturas só seria alterado com a volta de Sopelsa para o circuito, ideia defendida publicamente pelo senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB). Nesse caso, Pichetti poderia ser o vice.

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Enquanto a oposição não se decide, o campo petista aposta na força da militância em Concórdia. Prefeito de 2001 a 2008, o deputado estadual Neodi Saretta é o principal cabo eleitoral do prefeito Girardi. Saretta mostrou força nas eleições de 2010 quando recebeu 54% dos votos da cidade para deputado estadual. Segundo mais lembrado em Concórdia, Sopelsa teve 26%.