O PT quer formar um bloco de dez partidos para as eleições de Joinville. O partido se articula para assegurar o apoio de nove siglas, que juntas garantiriam cerca de um terço do tempo do programa eleitoral na televisão.

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A estratégia do diretório é aguardar até março por garantias de alianças dos partidos que desejam estar coligados na disputa pela reeleição do prefeito Carlito Merss. No começo do mês, durante a posse de Eni Voltolini (PP) na presidência da Fundema, o PP declarou que seguirá junto com a atual administração.

Caso consiga formar o bloco, o PT terá 8min8s dos 25 minutos do horário eleitoral, o que seria mais tempo do que uma eventual união da Tríplice Aliança. Se PMDB, PSDB, PSD, PPS, DEM e PSB se unissem, teriam 7m06s.

– Queremos mostrar nossa força. Por isso, é importante que os partidos que desejem ficar conosco se manifestem até março. Como consequência disso, teríamos o maior tempo de TV-, explica Eduardo Dalbosco, chefe de gabinete do prefeito.

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Entre as siglas que o PT pretende assegurar o apoio, estão partidos menores que já fazem parte da atual gestão, como PSC, PRB, PHS, PRTB, PTdoB e PCdoB. Outros alvos são a manutenção do PR, único aliado petista durante as eleições municipais de 2008, e o PDT, que ainda discute se fica ou sai do governo.

Veja como funciona a partilha de tempo

Em 2008, a coligação “Joinville de toda sua gente” (PT-PR) teve 3m29s de TV. Já a aliança “Todos por Joinville” (PMDB-PPS-PRB / PRP / PRTB / PTC) obteve 3min47s. Com a pressa em assegurar as alianças, o PT iniciou as conversas para coligações no fim do ano passado.

– Teoricamente, estamos amarrados com esses partidos. A consolidação desses minutos seria suficiente para mostrarmos com eficiência todas as ações que fizemos durante o governo Carlito-, fala Irio Côrrea, presidente do PT de Joinville.

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Para garantir os acordos, boa parte das negociações está sendo trabalhada diretamente pelo prefeito Carlito Merss. O prefeito está dialogando diretamente com os presidentes nacionais das siglas – em viagens a Brasília-, porque muitas delas são pequenas e formadas por comissões provisórias em Joinville. Podem, assim, sofrer interferência estadual ou federal a qualquer momento.

– Dentro do nosso cronograma, o prefeito está falando com várias lideranças, quando vai para Brasília pedir recursos. No Estado, usamos interlocutores-, esclarece Irio.

Mesmo com a pressa do PT em fechar os acordos, as coligações só podem ser oficializadas entre 10 e 30 de julho.

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