Vai começar tudo de novo. No início de 2015, a bancada do PT na Câmara entrou em crise existencial em razão da proposta de ajustes que a presidente Dilma Rousseff havia mandado à Câmara. Agora, a reação volta a aparecer na reforma da Previdência. Ignorando as orientações palacianas, os deputados do partido da presidente saíram de uma reunião dizendo que as mudanças no sistema previdenciário não são prioridade. Elvino Bohn Gass (PT-RS) chegou a cogitar uma reforma fatiada, contemplando apenas os assuntos de consenso. O problema é que não há acordo. A principal proposta da equipe econômica – e mais sensata – é a idade mínima para a aposentadoria. Sindicalistas, porém, não querem ouvir falar nesta mudança. Pelo jeito, continuam achando que o orçamento público é um saco sem fundo. Assim como a reforma política, a da Previdência é necessária, mas tem tudo para morrer na praia. Se o PT não garante o voto, por que os demais partidos entrariam nesta dividida?
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DATADO
Pelas projeções de quem monitora as investigações da Lava- Jato, acredita-se que o STF vá julgar a denúncia contra Eduardo Cunha (PMDB-RJ) no próximo mês. O presidente da Câmara corre sério risco de virar réu.
NA MOSCA
Além do juiz Sergio Moro, representantes do MP na Lava-Jato também comemoram a decisão do STF de mandar para a cadeia condenados em segunda instância. A medida servirá como vacina para as ações protelatórias e reduzirá a prescrição.
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DUBLÊ
Representante da presidente Dilma na Festa da Uva, o ministro Miguel Rossetto (Trabalho e Previdência) foi vaiado ao chegar ao evento. Para amenizar o clima, no discurso, ele prometeu a redução do IPI do vinho e trabalhar para resolver o impasse da falta de seguro para os produtores de uva. A fala arrancou aplausos.
BANHO-MARIA
Tão cedo não será apresentada denúncia contra o senador Renan Calheiros (PMDB-AL). As investigações sobre o presidente do Senado na Lava-Jato seguem. Isso significa tranquilidade para a presidente Dilma, que conta com Renan como aliado de luxo no Congresso.