Se depender do PT e do PP catarinenses, a aliança defendida pelo senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB) unindo os três partidos para apoiar Raimundo Colombo (PSD) em 2014 tem poucas chances de se concretizar. A avaliação é dos atuais presidentes das duas legendas no Estado.

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Para o petista José Fritsch, a grande dificuldade é subir no mesmo palanque de Colombo. O partido não descarta uma coligação com o PMDB, repetindo o cenário nacional em que os dois integram a chapa de reeleição de Dilma Rousseff (PT), mas não ao lado do atual governo estadual.

– Desse palanque nós queremos distância – enfatiza Fritsch.

O presidente do PT catarinense diz que o partido está construindo seu projeto e quer estar junto com o PMDB.

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– Se o PMDB se desgarrar da atual aliança podemos conversar – considera.

Fritsch diz ainda que não vê problema se outras candidaturas, além do PT, queiram dar palanque a Dilma no Estado – referindo-se a possibilidade de Colombo apoiar a reeleição da presidente mesmo sem estar na mesma aliança dos petistas.

Para o presidente do PP, Joares Ponticelli, o principal ponto de divergência em relação a aliança defendida por LHS são as vagas na majoritária. Pelo cenário desenhado pelo peemedebista, Colombo ficaria na cabeça de chapa com PMDB de vice e PT na disputa pelo Senado. Ao PP caberia uma vaga de suplente de senador.

– O PP não considera essa possibilidade. Há uma preferência por uma composição liderada pelo governador Colombo, mas a condição é ter um dos três espaços na majoritária – diz Ponticelli.

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O pepista disse ainda que é cedo para discutir o assunto e que o foco do partido neste ano é fortalecer as chapas de candidatos a deputado estadual e federal. Para ele, a nominata da eleição proporcional dará peso a sigla para negociar a vaga na majoritária.

Sem ser citado pelo senador Luiz Henrique para compor a aliança em 2014, o PSDB busca se organizar internamente. Para o ex-governador e presidente do partido no Estado, Leonel Pavan, os tucanos precisam construir seu caminho, seja para permanecer na aliança com Colombo, ou para se lançar numa candidatura própria.

– Tenho grande respeito pelo senador Luiz Henrique, mas tem certas coisas que a gente fica um pouco decepcionado. Ele esquece da importância que o PSDB teve para ele durante oito anos. Mas ele não pode menosprezar o PSDB. Não existe eleição por W.O. – dispara Pavan.

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