O gesto de aproximação do PT de Florianópolis com o PMDB do prefeito Dário Berger, praticado em encontro do presidente estadual petista José Fritsch com o pré-candidato peemedebista Gean Loureiro, mexeu o cenário político na Capital semana passada, causando duas reações imediatas.

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Aprimeira é a intensificação das articulações do PC do B, da deputada Angela Albino, que precisa do PT para fortalecer sua candidatura e vai se movimentar para tentar garantir o apoio da sigla. Angela tem agendas marcadas em Brasília na semana que vem, na tentativa de que contatos com lideranças nacionais do PC do B e do PT facilitem o acordo.

Segundo ela, Florianópolis é a terceira capital na ordem de prioridades do diretório nacional. A segunda reação à proximidade PMDB-PT é a redução das chances de edição da tríplice aliança na Capital. Se as possibilidades já eram pequenas, ficam ainda menores. PSD e PP mantêm conversas e aumentam a tendência de chapa Cesar Souza Junior-João Amin.

Na segunda, as executivas dos dois partidos têm uma reunião para dar início às negociações institucionais que poderão formalizar a parceria.

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– Queremos selar um acordo para oferecer um projeto de oposição à cidade – diz Alessandro Abreu, presidente do PP municipal.

No PT de Florianópolis, apesar da orientação nacional do partido de coligar no máximo de cidades possível com o PMDB, há divergências sobre uma aproximação com Dário. O partido sempre fez oposição ao prefeito e, para o presidente municipal, Nildomar Freire, o Nildão, o sentimento dos filiados é de que será difícil compor com o PMDB.

– As realidades locais precisam ser respeitadas – pondera Nildão.

Hoje, a executiva da sigla vai fazer uma reunião para definir o calendário eleitoral na cidade. A intenção é agendar um encontro em que os filiados elegerão delegados que os representem na discussão da estratégia petista e da formação de coligações.

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O próprio prefeito Dário afirma que, apesar do gesto petista de aproximação, o cenário da Capital ainda está bastante aberto. Para o peemedebista, as negociações começarão a ficar mais sólidas somente depois do aniversário da cidade, em março.

– No Carnaval há muitas conversas, muito disse que disse, mas acho que as coisas ainda estão bastante indefinidas – diz o prefeito.