A psoríase é uma doença crônica, caracterizada pelo aparecimento de manchas avermelhadas e descamações na pele, podendo aparecer nos joelhos, couro cabeludo, unhas, tronco e cotovelo. Estima-se que cerca de dois milhões e meio de pessoas sofram da doença no Brasil. Desse total, apenas 5% estão em tratamento.
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De acordo com a dermatologista Letícia Secco, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD) e da Academia Americana de Dermatologia (AAD), quem sofre com a doença muitas vezes sabe que pode tentar evitar as crises, mantendo hábitos saudáveis de vida, como uma boa alimentação.
– Quando o peso está controlado e a alimentação balanceada, as crises podem ser menos frequentes. Vale lembrar que, de qualquer forma, indivíduos com psoríase, principalmente nas formas mais graves, têm risco aumentado para doenças cardiovasculares – explica Letícia.
Um estudo feito pelo Departamento de Dermatologia Clínica da Universidade de Utah, nos Estados Unidos, revela que a média de peso dos pacientes com psoríase envolvidos em pesquisas clínicas é de mais 90 quilos, o que reforça a tese de que os pacientes com psoríase são mais propensos a desenvolver a obesidade.
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Ao mesmo tempo em que se confirma a relação direta entre a psoríase e a obesidade, muitos pacientes surgem ao longo dos anos e, portanto, muitos avanços em relação a tratamentos disponíveis na área são requisitados. É necessário que haja um acompanhamento multidisciplinar, uma vez que a doença pode vir acompanhada de crises de ansiedade e outros sintomas fisiológicos, que também vão agravar as lesões e suas consequências de um modo geral.