Ainda que as atividades extracurriculares abram portas para que a criança conheça o mundo além da escola ou da tela do computador, especialistas afirmam que os pais precisam ter cautela para não sobrecarregar os filhos. A psicóloga Catarina Gewehr diz que o primeiro passo é conversar com a criança para saber quais são seus interesses.

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A partir daí, pai e filho podem decidir juntos qual é a ocupação mais interessante. Ela destaca ainda que a família deve prestar atenção no nível de satisfação da criança com a atividade:

– O próprio filho tem que ser o termômetro para essa avaliação. Veja o quanto o seu filho sorri, se tem noites de sono suave, se está motivado para a atividade ou passou a enxergá-la como obrigação. Se é esse o caso, por que não mudar? A criança precisa de liberdade para experimentar o mundo e descobrir onde se encaixa melhor – recomenda.

Na visão da psicopedagoga Rosana Espezim, muitos pais projetam nos filhos sonhos antigos – uma mãe que sempre quis ser bailarina ou um pai que sempre quis ser jogador de futebol podem inconscientemente influenciar as crianças a fazerem suas vontades. Ela diz que o ideal é elencar uma ou duas atividades que a criança queira fazer, monitorar o contentamento dela em relação à aula e ter em mente que fazer muitas coisas ao mesmo tempo pode trazer sérios problemas à saúde física e mental do filho:

– O truque é não atribuir muitas atividades pra que ela não se sinta sufocada. Se isso acontecer, a criança pode ser prejudicada na escola, se tornar agressiva e até desenvolver depressão infantil. Ela necessita de um tempo livre para não fazer nada e simplesmente ser criança – destaca.

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