Convocada para estancar o descontrole emocional da equipe, a psicóloga Regina Brandão voltou à Granja Comary com status de 12º jogador da seleção. Nesta quarta-feira, ela manteve contato com alguns atletas por telefone e por meio de redes sociais. Na terça-feira, reuniu-se com todo o grupo. Regina foi chamada pela comissão técnica depois que Felipão e seus auxiliares detectaram um nervosismo exagerado de parte da equipe.
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Isso ficou mais claro com a reação de alguns jogadores, como Thiago Silva e Neymar, antes e após a disputa de pênaltis com o Chile – sábado, no Mineirão -, que valeu vaga para as quartas. Regina não ficou na concentração da equipe, em Teresópolis. Optou por um hotel próximo, onde a CBF hospedou vários funcionários da entidade. Ela pode voltar a visitar os atletas nesta quinta ou na sexta, em Fortaleza.
Embora não se comente abertamente na Seleção, um dos problemas da profissional seria a resistência de alguns. De acordo com um integrante da comissão técnica, um ou outro jogador já comentou, em tom de brincadeira, “que não é maluco”.
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A psicóloga esteve diretamente ligada ao grupo nos primeiros dias de trabalho, a partir da apresentação, em 26 de maio. Elaborou testes com os atletas e deu início ao planejamento que termina dia 13 de julho, data da final. Mas depois voltou a São Paulo, onde tinha compromissos como professora universitária. Agora, está de férias e ficará mais próxima do grupo. Se a seleção passar pela Colômbia, ela estará no fim de semana com a equipe em Teresópolis.
Blatter diz que Brasil sente pressão por jogar em casa
Jogar em casa aumenta a pressão, e a Seleção Brasileira está sentindo essa nova realidade. A constatação é do presidente da Fifa, Joseph Blatter. Em declarações exclusivas, o comandante da entidade alerta que jogar em casa, por si só, não é mais uma vantagem no futebol. Ele também adverte:
– Ninguém vai marchar tranquilamente até a taça. A Copa pode ser no Brasil, mas a audiência é mundial.
A crise emocional vivida pelos jogadores brasileiros também chamou a atenção do cartola.
– Eles ficaram em choque, porque deram um gol de presente ao Chile. O que esta Copa está mostrando é que não existe mais aquele time que, de forma relaxada, vai marcar dois ou três gols, sentar-se e avançar até a final – disse Blatter, que citou o jogo entre Argentina e Suíça como exemplo.
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– Os argentinos estavam melhor, mas os suíços, com muita garra, quase estragaram a festa.
Para Blatter, a nova fase da Copa, que começa nesta sexta-feira, com o duelo entre França e Alemanha, pelas quartas de final, conta com “oito times fortes”.
– Qualquer um pode ser eliminado agora. Todos estão no mesmo nível. E o nível melhorou. ê o futebol em seu nível máximo – ressaltou o dirigente.
O cartola ainda rejeitou as teses de complô, de ajuda de árbitros ou de eventuais ações para prejudicar um time.
– Estou orgulhoso dos árbitros. Claro que alguns erros podem acontecer. Mas isso é humano – afirmou.
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Estadão Conteúdo
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