O PSDB decidiu hoje manter a posição de defesa do reajuste do salário mínimo para R$ 600. Apesar da chance de fechar um acordo com as centrais sindicais em torno do valor de R$ 560, os tucanos resolveram manter a proposta que apresentaram na campanha presidencial do ano passado.

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Segundo o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), o partido considerou mais importante manter o compromisso firmado na campanha do que aproveitar a aproximação com as centrais para aumentar as chances de conseguir um mínimo maior que os R$ 545 propostos pelo governo.

_ Nós defenderemos a nossa proposta até o fim e, se formos derrotados, o que é de se esperar em função da maioria governista, nós apoiaremos a maior proposta que houver _ afirmou Dias ao fim da reunião de bancada do partido.

Ainda na opinião do líder tucano, a posição do PSDB fortalece o pleito das centrais sindicais, que aceitam negociar um valor inferior ao defendido pelos tucanos.

_ A nossa proposta não elimina a deles. Ao contrário, até fortalece à medida que a proposta dos sindicalistas passa a ser mais moderada _ argumentou.

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Mais cedo, o presidente da Força Sindical, deputado federal Paulo Pereira da Silva (PDT-SP), o Paulinho da Força, se reuniu com o senador Aécio Neves (PSDB-MG) na tentativa de convencer o PSDB a se unir aos sindicalistas em torno do valor de R$ 560.

Após a reunião, Aécio Neves disse que a votação será o primeiro teste do governo de Dilma Rousseff no Congresso Nacional e concordou que é possível discutir um valor acima dos R$ 545.