O PSDB decidiu neste domingo (21) suspender as prévias presidenciais entre os governadores João Doria (SP) e Eduardo Leite (RS) por causa dos problemas apresentados pelo aplicativo de votação. O partido não definiu quando a votação será retomada – há impasse sobre isso entre os concorrentes. Até lá, a sigla afirma que manterá os votos deste domingo lacrados.
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Para tentar uma solução, os candidatos, incluindo Arthur Virgílio (AM), discutiram, em reunião com a direção do PSDB ao longo da tarde, adiar ou prorrogar as prévias. A reunião foi proposta pela campanha gaúcha. O problema agravou a briga entre as campanhas de Leite e de Doria.
A avaliação geral é de que as dificuldades no aplicativo prejudicaram a imagem do PSDB – as prévias, iniciativa inovadora, se tornaram um vexame colocado na conta da direção nacional, que bancou a ferramenta.
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O aplicativo custou cerca de R$ 1,3 milhão ao PSDB, mas os custos das prévias são maiores – incluem a realização de evento em Brasília, neste domingo, e a verba para cada campanha, que foi de mais de R$ 1 milhão. Sem contar as passagens e hospedagens para que prefeitos de todo o Brasil fossem à capital federal.
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Segundo a Folha apurou, um dos problemas com a ferramenta foi a compra em quantidade insuficiente de licenças de uso de um software para reconhecimento facial.
A votação pelo aplicativo se destina aos filiados sem mandato e vereadores. A votação presencial por meio de urnas eletrônicas, que ocorreu em Brasília até as 15h, foi voltada apenas a prefeitos e vices, governadores e vices, deputados federais, senadores e ex-presidentes do PSDB.
Reconhecimento facial travou aplicativo
O aplicativo demanda dupla autenticação para a votação, com foto para reconhecimento facial e verificação via SMS. A trava acontecia no momento do reconhecimento facial.
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A ferramenta foi desenvolvida pela Fundação de Apoio à Universidade Federal do Rio Grande do Sul (Faurgs) e foi auditada pela empresa de segurança cibernética Kryptus, que acompanharam a votação neste domingo. Além disso, consultores do PSDB e de cada uma das três campanhas monitoraram os dados do aplicativo em tempo real.
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O acompanhamento foi elaborado com a ideia de dar mais segurança ao processo, mas dirigentes do partido e membros da campanha reconhecem que a ferramenta não estava totalmente pronta e pode haver riscos.
Ao todo, 44,7 mil tucanos (cerca de 3% do 1,3 milhão de filiados) se inscreveram para a votação indireta, em que cada grupo representa 25%: filiados; prefeitos e vices; vereadores e deputados estaduais; deputados federais, senadores, governadores e vices, ex-presidentes do PSDB e o atual.
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