Dividida sobre a participação em um eventual governo Michel Temer (PMDB), a cúpula do PSDB criou um grupo no aplicativo de mensagens WhatsApp para que os integrantes de sua direção executiva, que conta com 37 membros, debatam internamente a questão antes da reunião decisiva da sigla, marcada para o dia 3 de maio.

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Em outra frente, o senador Aécio Neves (MG), presidente do partido, se reunirá nesta terça-feira com a bancada tucana na Câmara e até o fim da semana com os senadores da legenda. O ciclo de consultas ocorre no momento que o senador José Serra (SP) e seu grupo político pressionam o partido pela participação.

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O senador paulista, que é cotado pelo grupo de Temer para assumir um ministério de peso, usou no fim de semana o Facebook para defender o embarque.

— Seria bizarro o PSDB ajudar a fazer o impeachment de Dilma e depois, por questiúnculas e cálculos mesquinhos, lavar as mãos e fugir a suas responsabilidades com o país — disse.

Em uma indireta a Aécio e ao governador Geraldo Alckmin, que são contra o partido aceitar cargos, o ex-governador Alberto Goldman (SP), vice presidente do PSDB, diz que, nesse momento, o ano de 2018 “não pode estar no horizonte”.

— O PSDB entra com tudo ou nada. Não adianta colocar meio corpo. 2018 não pode estarem nosso horizonte — afirma.

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Aliado de Serra, o deputado Jutahy Júnior (BA) segue na mesma linha.

— Devemos ter agora a mesma atitude que tivemos no governo Itamar Franco. Nós devemos participar.

No último final de semana, várias lideranças tucanas se manifestaram publicamente contra a entrada do PSDB no governo durante o Fórum Empresarial, evento que reuniu políticos de oposição e empresários em Foz do Iguaçu (PR).

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