A edição 2012 das 500 milhas da Granja Viana tem sido um verdadeiro teste para os karts e a paciência dos pilotos que participam da prova no kartódromo Beto Carrero World. A tradicional prova é vivida em dois ambientes: na pista, e nos boxes, onde as trocas de pilotos são feitas e os mecânicos precisam trabalhar muito.

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A largada da prova aconteceu às 11h16min e foi marcada pela arrancada do kart número 100 da equipe Techspeed, de Criciúma, dirigida pelo carioca André Nicastro, pentacampeão brasileiro de kart. Rubens Barrichello, da Itapaiva/Caras, e Vitor Meira, da Slice Fittipaldi bem que tentaram acompanhar, mas naquela altura da prova, o que menos interessava eram as posições. Do lado de fora, os mecânicos torciam para seus pilotos manterem seus karts na pista.

Após 15 minutos, os primeiros karts já começavam a parar nos boxes. De problemas simples, como a perda de embreagem, até troca de motores completos tinham que ser realizados. O kart do campeão estadual Anderson Medeiros teve que parar com problemas na embreagem e a equipe Reciclo Química, de Criciúma, aproveitou para fazer a parada obrigatório de 15 minutos. Em outros casos, só trocando um dos dois motores disponíveis para cada kart. A Beto Carrero Racing sofreu com um problema incomum, no assento do kart, que esquentou e provocou queimaduras nas costas do primeiro piloto.

Após uma hora de prova, os líderes começaram a parar e os boxes ficaram ainda mais movimentados. O sinal sonoro avisava a chegada de cada kart para evitar acidentes. O catarinense Leonardo Nienkotter, da FS Racing, ficou satisfeito com sua primeira parte na prova:

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– Ficamos a 26 segundos do líder e cheguei a ficar em oitavo. Está bom. Se mantermos assim, podemos chegar no pódio – avaliou, otimista.

A única preocupação da equipe FS Racing era com o combustível, devido ao alto consumo.

– Calculamos 70 voltas, mas rodamos 62, temos que refazer os cálculos – concluiu Nienkotter.

Enquanto os pilotos se revezavam nos karts e disputavam posições na pista, o público também conferia a agitação dos boxes através de camarotes vips. O público da arquibancada também deu uma trégua e aproveitou para almoçar no restaurante e visitar o parque. Mas o ritmo na pista continuava frenético e o tempo nublado colaborava com a pista seca. Os pilotos também utilizavam estratégias para obter vácuo e com isso, poupar combustível e equipamento. Os karts literalmente se encostavam nas retas, a quase 100 quilômetros por hora.

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– Como as carenagens são muito grandes, temos muito vácuo, então um piloto empurra o outro de propósito. O problema é que nem todos sabem fazer isso direito – explicou André Nicastro, após entregar o carro na quarta posição, com problemas na calibragem que foram resolvidos na parada.

A prova chegou a sua metade às 17h e a liderança estava com a equipe Viapol, de Fábio Orsolon, Gustavo Aizzo, Vinicos Corbo, Dennis Dirani, Onassis de Sousa e Raphael Matoso. Uma das equipes favoritas, a Itapava/Caras, de Rubens Barrichello, Felipe Giaffone e Tony Kanaan, teve problema com a quebra de eixo de um dos dois karts. O regulamento permite que o piloto possa pilotar outro kart. A bandeirada final deve acontecer entre 22h30min e 23h. Nas 500 milhas, os karts percorrem 804 quilômetros em 650 voltas no traçado do kartódromo Beto Carrero World.