O protótipo de ventilador pulmonar criado pelo professor Saulo Güths, do Departamento de Engenharia Mecânica da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), foi aprovado em testes no Hospital Sírio-Libanês, em São Paulo. O equipamento é feito com peças nacionais e tem um custo de R$ 2 mil para produção. Uma empresa paulista está interessada na fabricação em série do aparelho.
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— Passamos em teste numa poderosa bancada de simulação com diversas doenças pulmonares, entre elas a Covid-19. O primeiro teste foi num modo em que o paciente fica 15 dias sedado respirando com o aparelho. Passamos com nota 10. Depois fomos ao modo em o paciente sai da sedação e inicia a fisioterapia. Ali foi verificado apenas um ajuste de software, que já está acertado —contou o professor sobre a avaliação que aconteceu na última semana em São Paulo.
Güths também projeta um valor final ao aparelho depois de passar por avaliações da Anvisa e com a inclusão de impostos: aproximadamente R$ 15 mil. Uma empresa paulista está avaliando a possibilidade de fabricação em série do aparelho. Para uma futura produção, a interessada precisa ter habilitação nível 3 da Anvisa, que permite a fabricação de aparelhos para tratamentos de alto risco.
— A patente e a maior parte dos royalties fica com a UFSC. Os inventores ganham uma pequena parcela. Pode ter um valor acertado com a empresa para auxílio técnico na transferência de tecnologia, que passaria também pela UFSC, através de nossas fundações de apoio (FAPEU, FEESC, etc). Caso a empresa seja sem fins lucrativos, a ideia é passar gratuitamente a tecnologia — contou.
O desenvolvimento do ventilador pulmonar foi iniciado no mês de março na casa do professor, com ajuda do filho Eduardo Larsen Güths, aluno de Engenharia Mecânica da UFSC. O projeto tem gestão administrativa e financeira da Fundação de Amparo à Pesquisa e Extensão Universitária (Fapeu).
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