Parentes e amigos de estudantes recentemente assassinados por disparos em suas escolas nos Estados Unidos lideram uma campanha contra o lançamento de um videogame que simula um ataque a tiros em uma escola.
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“Active Shooter” sairá à venda em 6 de junho, segundo sua página de apresentação na plataforma de videogames Steam, propriedade da Valve Corporation.
O jogo, que custará entre 5 e 10 dólares, propõe aos jogadores assumir o papel de atirador, ou dos policiais que intervêm na situação.
“Desde que meu filho morreu em um ataque a tiros na escola, vi e ouvi muitos horrores nos últimos meses. Esse jogo é um dos piores”, disse Fred Guttenberg, pai de um adolescente vítima de um atirador em fevereiro em uma escola de Parkland, na Flórida.
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Ryan Petty, outro pai que perdeu sua filha em Parkland, disse que era “repugnante” que uma empresa de videogames fizesse uma “apresentação sedutora das tragédias que afetam nossas escolas em todo o país” e tire proveito disso.
Bill Nelson, senador da Flórida, afirmou que é “imperdoável” a existência de um jogo deste tipo, e mais ainda quando há menos de quatro meses um jovem de 19 matou 17 pessoas na escola Marjory Stoneman Douglas, em Parkland, em um estado onde as armas são abundantes.
Desde então, os Estados Unidos viveram outro ataque a tiros fatal em um escola, desta vez no Texas: um estudante de 17 anos, usando as armas de seu pai, matou 10 pessoas em 18 de maio.
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Nesta terça-feira à tarde, mais de 100 mil pessoas haviam assinado uma petição no site change.org para exigir que a Valve Corporation não lance “Active Shooter”.
Emma Gonzalez, David Hogg e Jaclyn Corin, jovens sobreviventes do ataque a tiros de Parkland, também juntaram suas vozes a este chamado.
Estes três se tornaram militantes muito importantes de um movimento nacional que pede uma legislação sobre armas mais severa no país.
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* AFP