Com cartazes nas mãos e bilhetes colados na galeria do plenário, dezenas de pessoas acompanham a votação do Plano Diretor no fim da tarde desta terça-feira na Câmara de Vereadores da Capital.
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O plenário está lotado e a sessão, prevista inicialmente para começar às 16h, atrasou em quase três horas. Isso porque o presidente da Casa, César Faria (PSD), e o líder do governo na Câmara, Dalmo Meneses (PP), estiveram reunidos na prefeitura com o presidente do Instituto Urbano de Florianópolis (Ipuf), Dalmo Vieira Filho, autor do Plano Diretor. Eles estariam acertando os últimos detalhes do projeto. No fim da tarde, um pouco antes das 19h, a sessão enfim teve ínício.
Na rampa de acesso ao Legislativo, a ativista Raquel Macruz, 53 anos, protesta com o que considera um plano de interesses. Usando um óculos com cifrões, ela traz nas mãos uma placa com os dizeres “retire sua senha” e o cartaz: “pedido de emenda para alteração de zoneamento no plano diretor”.
– É só pegar a senha e acertar com o seu vereador para alterar o Plano Diretor. Ele não atende o que o povo quer, mas os interesses de quem tem poder econômico elevado – reclama.
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Raquel, que é representante de entidades ecológicas, se refere a uma área do Pântano do Sul, que era reservada para estudos ambientais, e que agora é alvo de dois projetos de empreendimentos. Ela também integrou o núcleo gestor do Plano Diretor, que acabou extinto.