Por volta das 17h, os milhares de manifestantes que estavam concentrados na Praça Saenz Peña, na Tijuca, começaram a passeata na certeza de que seria seguido o mesmo roteiro da marcha realizada pela manhã, rumo ao Maracanã. No entanto, o grupo acabou se dispersando quando o responsável por conduzir a caminhada anunciou no megafone que um novo trajeto havia sido determinado pela polícia.

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Revoltados, os manifestantes acabaram dando meia volta e seguindo para diferentes direções. A maioria do grupo segue pela Rua Conde de Bonfim e deve terminar a passeata em frente ao estádio, como já era previsto.

Torcedores tiram fotos com tanques e carros blindados

Os torcedores que estão chegando ao Estádio Maracanã, no Rio de Janeiro, para assistir ao jogo entre Brasil e Espanha pela final da Copa das Confederações encontram uma megaoperação policial na região. Cerca de 6 mil policiais militares bloqueiam as ruas que dão acesso ao estádio, e o perímetro de segurança – em que só entram pessoas ligadas à partida – foi ampliado.

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Antes de chegar ao estádio, os torcedores passam por várias barreiras policiais e alguns chegam a tirar fotos com os veículos blindados e tanques de segurança. A expectativa é de que várias passeatas sejam direcionadas ao local até a hora do jogo, que será realizado às 19h.

Marcha é realizada no início da tarde

Ainda no início da tarde, um grupo de manifestantes marchou pelas ruas do Rio de Janeiro e foi impedido pela polícia de chegar ao Maracanã. Os participantes do protesto reuniram-se a partir das 10h na Praça Saenz Peña, na Tijuca, a cerca de um quilômetro do estádio. Capitaneados pelo PSTU e por outros partidos e organizações de esquerda, os manifestantes protestavam contra a remoção de moradores para a realização de obras da Copa de 2014 e contra a privatização do Maracanã. A tarifa de ônibus e a presidente Dilma Rousseff, alvos em outros protestos pelo país, foram poupados.

Durante a concentração, policiais militares circulavam pelo meio da multidão, distribuindo um panfleto em que pediam paz e orientavam os manifestantes a denunciar vândalos. Organizadores do protesto, por sua vez, entregaram folhetos explicando como agir em caso de confronto. As entidades que organizaram o ato montaram até uma brigada de saúde para atender feridos, identificada por roupas brancas e fitas vermelhas no braço.

A marcha iniciou ao meio-dia e seguiu em direção ao Maracanã, localizado a cerca de um quilômetro. A 150 metros do estádio, no entanto, os manifestantes encontraram todas as ruas de acesso bloqueadas. Eram 12h40min. Os organizadores pediram para a massa ficar distante dos PMs se encontraram para confabular.

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– Acho que cumprimos nossa missão – disse uma mulher.

– É, está ótimo – disse outro líder.

– Então vamos ficar 10 minutos aqui e seguir. Vou telefonar para desmobilizar o pessoal – concordou um terceiro.

O plano dos manifestantes era chegar até uma das entradas do Marcanã e fazer um minuto de silêncio.

– Disseram que o bloqueio policial ocorreria só as 13h. Por isso nos organizamos para chegar antes – reclamou Marcelo Edmundo, do Comitê Popular Copa e Olimpíadas.

O protesto dissolveu-se pouco depois em ruas próximas. Há expectativa de novas manifestações ao longo do dia no Rio.