A presidente Dilma Rousseff se reuniu com ministros por volta das 10h desta sexta-feira para debater os efeitos das manifestações em todo o país. Com exceção do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, não há confirmação de quais membros do primeiro escalão participam do encontro no Palácio do Planalto, pois eles entraram pela porta dos fundos e evitaram a imprensa.
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O objetivo da reunião é avaliar relatos da extensão dos atos nas cidades brasileiras e decidir uma nova conduta de governo, como medidas ao alcance do Ministério da Justiça e um possível pronunciamento oficial da presidente.
Desde o início dos protestos pelo país, Dilma só fez uma referência pública às manifestações, na terça-feira, durante o lançamento da proposta do Código de Mineração. Disse que apoiava atos pacíficos. Na quinta-feira, enquanto Dilma deixava o Planalto, o Itamaraty era atacado pelos manifestantes. O palácio presidencial estava protegido fortemente por policiais e militares.

Policiamento foi reforçado no Palácio do Planalto na quinta-feira
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Foto: Evaristo Sá/AFP
A presidente alterou a sua agenda em função dos protestos. Uma viagem que ela faria ao Japão na próxima semana foi cancelada, assim como uma visita à Bahia nesta sexta-feira. Alguns ministros também tiveram compromissos cancelados para se concentrar na análise dos protestos.
Na tarde desta sexta-feira, Dilma se encontrará com o presidente da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), Dom Raymundo Damasceno Assis, e as manifestações devem entrar na pauta da reunião. No mês que vem, o Brasil sediará a Jornada Mundial da Juventude, um evento católico que contará com a presença do Papa Francisco.
Veja imagens dos protestos de quinta-feira em Porto Alegre: