Enquanto a Foz do Brasil não concluir obras em quatro corredores de serviço de Blumenau, não poderá mexer em outras tubulações. A determinação é do Samae. O presidente da autarquia, Valdair Matias, explica que a medida foi tomada segunda-feira à tarde em função do grande número de reclamações de buracos e desníveis no asfalto:

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– Encaminhamos um ofício à Foz com essa determinação porque estamos recebendo muitas reclamações. Se o ofício não for cumprido, será penalizada, com respaldo contratual – explica Matias.

Os trabalhos precisam ser concluídos nas ruas João Pessoa e General Osório, no Bairro da Velha, Na Rua Benjamin Constant, na Escola Agrícola, e na Frei Estanislau Schaette, na Água Verde.

Desde o início das obras da Foz em Blumenau, em julho de 2010, asfalto desnivelado e buracos são problemas visíveis enfrentados por motoristas, ciclistas e pedestres. A prefeitura está intensificou a fiscalização das obras através do Samae a partir do início deste ano. Montou uma comissão e está vistoriando rua por rua. A concessionária garante que, até julho, todas as vias que receberam as obras terão duas camadas de pavimentação, como prevê o contrato. A Foz foi procurada pela reportagem, mas disse que só terá uma resposta nesta terça-feira.

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De um total de 615 ruas que passaram por obras, 186 foram vistoriadas pela prefeitura em 2013. Em 265 pontos há problemas na pavimentação pós-obra e o asfalto deve ser consertado. O engenheiro responsável pela fiscalização do Samae, Achilles Braun, garante que o serviço precisa melhorar:

– Falta qualidade. Toda a parte de reposição asfáltica está com o cronograma atrasado por parte da concessionária. Estabelecemos prazo e exigimos que a Foz contrate uma nova equipe de asfáltica. Até pouco tempo, houve ineficiência na fiscalização por dificuldades de interpretação contratual – conta ele.

O contrato de concessão prevê que a Foz deixe as ruas com padrão melhor ou igual ao que encontrou no início dos trabalhos. A exigência é passar duas camadas de asfalto após a obra. O diretor de operações da Foz do Brasil, Sandro Stroiek, explica que, em diversos pontos da cidade, como os bairros da Velha e Escola Agrícola, falta a segunda camada de pavimentação. Ele detalha que, depois da vala fechada, é colocada brita e o trânsito é liberado.

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– Se chove em cima, forma-se um buraco mesmo porque as outras camadas ainda não foram colocadas – explica Stroiek.

O engenheiro da concessionária, Franklin Treco, constata que a maior parte das reclamações ocorre entre a brita e a primeira camada de asfalto, que só é colocada depois que o solo for acomodado (demora em média sete dias). De acordo com Stroiek, a última etapa é a segunda camada de asfalto. (Colaborou Raquel Vieira)