Um grupo fechou a Rodovia dos Imigrantes, na altura do km 15, na chegada a São Paulo, nesta sexta-feira. Os manifestantes protestavam contra o impeachment da presidente Dilma Rousseff. O trânsito ficou muito engarrafado na região, e todas as faixas foram bloqueadas.

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Na capital paulista, membros da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB) se mobilizaram na Ponte das Bandeiras. Os manifestantes estenderam uma faixa com a inscrição “fora Cunha” e exibiam cartazes com pedido pela democracia. As duas pistas foram ocupadas, e os motoristas não conseguiam seguir caminho em direção ao bairro. Diversas viaturas da Polícia Militar e outra da CET (Companhia de Engenharia de Tráfego) estavam no local.

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Os movimentos populares pró e contra o governo se mobilizam para tomar as ruas no próximo fim de semana. O Movimento Brasil Livre (MBL), o Vem Pra Rua e o Brasil Melhor lideram grandes protestos no domingo, dia de votação que definirá se o processo de impeachment contra a presidente deverá ou não ser aberto.

Em Brasília, uma cerca de metal no gramado em frente ao Congresso vai separar os manifestantes. O grupo a favor do impeachment, convocado principalmente pelo Vem Pra Rua, Movimento Brasil Livre, Revoltados On Line e Aliança Nacional dos Movimentos Democrático, ficará do lado direito. Já os manifestantes a favor do governo, liderados pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, ficarão à esquerda da barreira.

Brasília e Rio de Janeiro

Enquanto a Câmara dava início à sessão de discussão do impeachment na manhã desta sexta-feira, movimentos sociais realizaram um ato em frente à sede da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em Brasília. Cerca de cem pessoas gritavam palavras de ordem e ameaçavam invadir o local.

A confusão, no entanto, durou poucos minutos. A CNA, que se declarou favorável ao impedimento da presidente Dilma, promete levar centenas de produtores rurais para a Esplanada dos Ministérios neste fim de semana.

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No Estado do Rio de Janeiro, cerca de 50 integrantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) fecharam a Rodovia Presidente Dutra, no sentido São Paulo, na altura do município de Piraí, no Sul Fluminense, também no período da manhã desta sexta-feira. A interdição começou por volta das 9h e foi até as 10h.

Ações parecidas estão sendo feitas pelo MST em outros Estados. Pelo Facebook, Débora Nunes, da Coordenação Nacional do MST, justificou que “a relação entre o grupo que conduz o golpe dentro do parlamento e os que conduzem golpes aos trabalhadores e trabalhadoras rurais é direta”.

Paraná

Manifestantes ligados à Frente Brasil Popular realizaram nesta sexta-feira seis bloqueios de rodovias federais no Paraná. As interdições também foram planejadas como protesto em defesa do governo Dilma.

O bloqueio mais próximo de Curitiba aconteceu no km 100 da BR-277, que liga a capital paranaense a Ponta Grossa. Cerca de cem manifestantes do Movimento Popular de Moradia interromperam os dois sentidos da rodovia, entre 6h e 8h, provocando congestionamento de cerca de 10 quilômetros.

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Os outros cinco pontos seguem ocupados por manifestantes do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST), sem previsão de liberação. A maior manifestação reúne cerca de mil pessoas em Nova Laranjeiras, no oeste paranaense, na altura do km 476 da BR-277.

No km 568 da mesma rodovia, em Cascavel, cerca de 500 pessoas bloqueiam o trânsito. Já no km 704, em São Miguel do Iguaçu, também no oeste do Estado, a interrupção da via é feita por cerca de 150 manifestantes.

A região norte do Paraná tem duas rodovias interrompidas. Em Mauá da Serra, cerca de 400 integrantes do MST protestam no km 295 da BR 376. Já no município de Jacarezinho, 200 manifestantes ocupam o km 1 da BR-153.

As estimativas de participantes são da Polícia Rodoviária Federal, que está monitorando as manifestações e o trânsito, nas cinco localidades onde há bloqueios.

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Conforme o portal de notícias G1, foram registradas manifestações em 11 Estados.

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