Uma manifestação, com cerca de 70 pessoas, dificulta o embarque e desembarque de passageiros no Aeroporto de Congonhas, na zona sul de São Paulo, na manhã desta quinta-feira. O grupo, convocado por entidades sindicais, protesta contra a demissão de 811 pilotos e comissários da TAM, anunciada pela companhia no começo do mês. Mesmo com a manifestação realizada no aeroporto paulista, segundo a Infraero, nenhum registro de atraso foi identificado no Salgado Filho, em Porto Alegre.

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O objetivo da categoria é suspender o programa de demissão voluntária e o plano de licenças não remuneradas previstos para a empresa aéreas.

A assessoria de imprensa do Aeroporto de Congonhas disse que os manifestantes ocuparam o saguão central do terminal e outra parte se espalhou pelas vias próximas. Às 7h15min, a Companhia de Engenharia de Tráfego (CET) informou que o acesso ao aeroporto estava normalizado nos dois sentidos.

Mais cedo, o protesto provocou 1,2 km de lentidão na Avenida Washington Luís, no sentido bairro. Seis voos da TAM foram cancelados por causa do protesto. Passageiros foram realocados para viagens com o mesmo destino.

O protesto provocou atraso em 36% dos voos programados para a manhã desta quinta-feira. Às 9h (horário em que estava previsto o término da manifestação), 18 voos estavam atrasados – 11 da TAM. Segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), no mesmo horário, outros cinco voos (10%) foram cancelados.

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Demissões

O Sindicato dos Aeroviários de São Paulo teme que a dispensa de mais de 800 aeronautas da TAM signifique um pacote maior de cortes na empresa. Segundo a entidade, a demissão de um aeronauta (comissário ou piloto) deve provocar a eliminação de cinco aeroviários (profissionais que atuam no solo para dar suporte aos voos).

– A direção da TAM se recusa a discutir com o sindicato o plano de reestruturação da empresa – reclama o presidente do Sindicato dos Aeroviários de São Paulo, Reginaldo Alves de Sousa, que participa do protesto no Aeroporto de Congonhas nesta quinta-feira.

– A manifestação também é contrária à política de transporte aéreo do governo – completa.

A TAM informou na quarta-feira que o pacote de demissões se deve à elevação dos custos no setor aéreo desde 2011. Nesse período, ainda segundo a companhia, a oferta no mercado doméstico recuou 12%.

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