Familiares de um adolescente de 15 anos, que está desaparecido desde domingo em Joinville, recorreram a um protesto para cobrar atenção da polícia nas buscas ao garoto. Segundo parentes, Maicon Ribeiro Meurer sofre de transtornos mentais e precisa de cuidados especiais, sem condições de se manter sozinho.
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A família mora no residencial Trentino 1, no bairro Boehmerwald, zona Sul da cidade. Entulhos foram queimados nos arredores do conjunto residencial na tarde desta terça-feira, em forma de protesto. O boletim de ocorrência, no entanto, foi registrado na delegacia do Itinga na segunda-feira.
Câmeras do Trentino 1 e de um supermercado da região registraram Maicon saindo do conjunto de prédios no fim da tarde de domingo. Depois, ele não foi mais visto.
-Queremos que a polícia se mobilize para tentar achá-lo. Tem muito mato nessa região. Ele pode estar em qualquer lugar – diz a tia do rapaz, a dona de casa Vera Meurer, de 42 anos.
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Amigos e familiares se revezaram em buscas a Maicon na zona Sul, mas não encontraram pistas sobre o paradeiro do garoto até o começo da noite desta terça. A reportagem fez contato com a delegacia do Itinga.
Segundo informações da DP, o desaparecimento do adolescente foi formalizado e os procedimentos de praxe serão cumpridos para tentar localizá-lo. No fim dos protestos, os bombeiros estiveram no local para conter as chamas.
Protesto motivou nova manifestação
O protesto motivado pelo sumiço de Maicon ainda desencadeou manifestações paralelas no Trentino 1. Moradores revoltados com a distribuição de água no conjunto residencial engrossaram a fogueira da primeira manifestação para reivindicar providências.
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A queixa ocorre porque há três grandes caixas d’água no Trentino 1, mas uma delas abastece uma quantidade maior de apartamentos. Assim, quem mora no grupo de prédios atendido pelo reservatório de maior demanda reclama que a falta de água é recorrente e o controle da distribuição é desproporcional.
A síndica do condomínio, Josiane Pereira, explica que uma caixa d’água atende a oito prédios e outra, a nove prédios. O reservatório mais exigido, diz Josiane, atende a 14 prédios. Conforme a síndica, durante parte do dia é preciso desligar o motor de acionamento da caixa para que o equipamento não estrague.
-A caixa precisa ter uma quantidade mínima de água para que o motor seja acionado, senão ele queima. Por isso, às vezes, é preciso esperar que o nível do reservatório suba antes de acionar o motor. Mas nem todos entendem e acabam me acusando de controlar a distribuição – desabafa a síndica.
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Conforme Josiane, a única saída será solicitar que a Companhia Águas de Joinville disponibilize caminhões-pipa para reforçar o abastecimento no Trentino 1.