Começou a valer nesta sexta-feira, 1º de abril, a medida da Secretaria Estadual de Educação de remanejamento de vigilantes nas escolas estaduais do Estado. Algumas unidades terão o número de funcionários reduzido e até mesmo vão ficar sem vigilantes, enquanto outras receberão reforço na segurança humana. A medida não agradou pais, alunos e professores das escolas prejudicadas, que desde que receberam a notícias estão se mobilizando em abaixo-assinados e manifestações para tentar reverter a decisão da Secretaria.
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Na Escola Estadual Ursulina Senna de Castro, em Palhoça, que até quinta contava com dois vigilantes se revezando no período das 7h às 19h e agora passa ter somente um das 8h às 16h, a comunidade fez um protesto contra o remanejamento e cumpriu a promessa que já havia feito na segunda em outra manifestação: os pais não mandaram os filhos para a escola.
Dos 39 alunos do professor Reinaldo Marcelino, somente um apareceu nesta sexta:
— Isso é reflexo da falta de segurança. Os pais estão muito preocupados, estão com medo, e de forma organizada resolveram não mandar os filhos para o escola enquanto o problema da falta de segurança não for solucionado — disse o professor em entrevista à repórter Renata Kerber, do Jornal do Almoço.
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Pai de dois alunos, Luciano Miranda afirma que não vai enviar os filhos à escola e os protesto vão continuar até que seja revista a situação. Na visão dele, a escola está em área de risco, além de ter histórico de arrombamentos e ameaças:
— Tivemos a notícia que a Secretária de Educação vai reavaliar a situação da escola, e na segunda-feira faremos uma nova reunião com os pais. Caso o governo não devolva o vigilante de forma imediata, nosso filhos ficarão em casa — afirmou.
Mudanças podem ser reavaliadas
Por meio da assessoria de comunicação, a Secretaria de Educação (SED) explicou que, em virtude da queda da arrecadação do Fundeb, a SED realizou análise do contrato de vigilância nas escolas para garantir eficiência na aplicação dos recursos em um cenário de restrição orçamentária. As gerências regionais realizaram estudos e levantamentos da situação de risco das escolas, levando em conta atos de vandalismo e outros sinistros em 2015, para fazer a readequação dos postos de trabalhos dos 231 vigilantes que atendem a rede.
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Segundo a Secretaria, casos pontuais poderão ser reanalisados e revistos de acordo com a situação da escola. Para isso, a comunidade escolar pode requerer junto à Gered a reconsideração sobre a mudança ocorrida na escola para reanálise.
A Coordenadoria Geral de Educação da Grande Florianópolis confirmou que ainda está recebendo pedidos de diretores para reconsiderar a as mudanças, conforme explicou a coordenadora Dagmar Pacher ao Jornal do Almoço:
— Nós temos atendido várias escolas. Estamos encaminhando a SED para fazer um novo remanejamento. Tanto é que no início desta semana nós atendemos algumas unidades, e o que falhou neste momento foi a comunicação escola coordenadoria — finalizou.
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